Processo por difamação à irmã e tia de Mónica Silva, a grávida da Murtosa que foi acusado de assassinar e foi absolvido.
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“Diziam 'assassino' e isso tornou-se um sinónimo de Fernando Valente”. Estas foram algumas das palavras do empresário que acusa Sara, a irmã gémea de Mónica Silva, e a tia destas, Filomena, de difamação. Fernando Valente, que chegou a ser julgado (foi absolvido) pelo homicídio da grávida da Murtosa - que está desaparecida desde outubro de 2023 -, diz ter tido danos na sua vida devido às publicações e entrevistas dadas pelas tia e irmã de Mónica, que o acusavam.
O julgamento deste processo de difamação arrancou esta segunda-feira no Tribunal de Estarreja. Filomena alegou que houve uma pessoa que invadiu as suas redes sociais e que fez várias publicações em seu nome. Ainda assim, admitiu ter escrito “morte, morte, morte” e disse não retirar nada do que disse. Também Sara assumiu a mesma postura - não retira nada do que disse em entrevista à CMTV.
A sessão ficou, ainda, marcada por momentos de tensão. “Assassino”, gritou em direção a Valente o pai de Mónica, que assistia ao julgamento e teve mesmo de sair da sala. Também Sara foi interrompendo várias vezes Valente enquanto este falava. “Ah, agora já não és mudo”, disse. Para Fernando Valente, foram estas publicações e entrevistas que o difamaram, e não necessariamente o facto de ter sido detido pela PJ. “Sinto-me profundamente difamado. Há a suspeita de que sou um monstro, um assassino. Fui deveras abusado e condenado em praça pública", disse o empresário em tribunal. Valente afirmou, também, que foram várias as pessoas que se deslocaram à sua casa da Torreira, onde a PJ defendia ter sido o homicídio. “Iam lá só para ver. Perdoem-me a expressão, mas parecia um santuário. Iam para ver o santuário e iam embora”, afirmou.
Sara e Filomena não conseguiram conter as emoções. Num frente a frente com Valente foram várias as provocações. Valente disse ter estado apenas uma vez com Sara na vida. “Olha para mim, e vê se não te lembras de mais”, atirou a irmã gémea. A procuradora fez várias perguntas às arguidas e a Valente. “As notícias por si só já divulgavam as suspeitas que recaem sobre si. Há uma publicação que é feita aliás no dia em que foi detido e presente a juiz. Como é que tem certeza que foi a conduta das arguidas que levou a isto?”, perguntou a magistrada. Fernando Valente disse que essas palavras acabaram por levar ao “excesso de mediatismo” e a “exponenciar o caso”. A próxima sessão de julgamento está marcada para o início de outubro e vão ser ouvidos Rosa e Manuel Valente, pais do empresário.
Fernando Valente teve proteção especial. Chegou e saiu do tribunal escoltado pela GNR, nomeadamente equipas de intervenção. Fugiram sempre aos jornalistas e rodearam o empresário e os seus familiares. Ninguém se podia aproximar de Fernando Valente. “As vítimas de violência doméstica entram e saem pela porta da frente. Mas um assassino não”, disse Filomena Silva, a tia, visivelmente transtornada pela proteção dada ao empresário.
O processo do homicídio de Mónica Silva está agora no Tribunal da Relação do Porto. António Fale de Carvalho, advogado da família, apresentou um recurso, depois de Fernando Valente ter sido absolvido.
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