PJ indicou ainda que a investigação deste caso vai prosseguir "para apurar se há casos similares" que o envolvam.
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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta sexta-feira a detenção em Coimbra de um homem de 47 anos, suspeito de ter violado uma mulher de 54 anos que conheceu através da rede social Facebook.
Fonte da Diretoria do Centro da PJ disse que o detido, serralheiro civil e com antecedentes criminais por violência doméstica e com uma condenação a quatro anos de prisão, "utiliza a internet para conhecer mulheres para futuros relacionamentos sexuais".
A mesma fonte adiantou que o suspeito e a vítima conheceram-se através da rede social Facebook e combinaram um primeiro encontro, há uns meses, tendo o homem, na altura, manifestado interesse "em manter um relacionamento de caráter sexual" com a mulher, o que esta recusou.
Meses mais tarde, de acordo com a PJ, os dois marcaram um novo encontro: o homem foi buscar a mulher a casa desta, saíram para jantar e no regresso, "inesperadamente", o suspeito parou o carro, arrastou a vítima para fora da viatura "e, num descampado, violou-a".
O alegado autor do crime de violação foi detido na quarta-feira, estando hoje a ser presente a tribunal para determinação de eventuais medidas de coação.
A fonte da PJ indicou ainda que a investigação deste caso vai prosseguir "para apurar se há casos similares" que envolvam o detido.
À Lusa, Carlos Dias, subdiretor da Diretoria do Centro da PJ, alertou para os perigos de encontros "às cegas, em que tudo pode acontecer" com base em conhecimentos feitos através das redes sociais e em aplicações e 'sites' de encontros amorosos, sem que se saiba "quem é a pessoa com quem se vai encontrar e qual o passado dela".
"Pode ser alguém com um passado irrepreensível e ser uma excelente pessoa, como não ser", alertou Carlos Dias.
O subdiretor lembrou, a esse propósito, que a Polícia Judiciária "há muitos anos" que vem avisando para os perigos de utilização da internet e tem feitos ações de prevenção "nas escolas, designadamente quando envolve crianças, que não é este o caso, para prevenir os riscos de se fazerem encontros praticamente às cegas com desconhecidos".
Carlos Dias avisou, por outro lado, que mesmo que utilizadores de aplicações e 'sites' de encontros íntimos possam estar, à partida, eventualmente "disponíveis para determinado tipo de comportamentos, nem por isso deve deixar de ser respeitado pelo seu interlocutor".
"Todas as regras de sã convivência terão de ser aplicadas também nestes casos. O facto de uma mulher ou de um homem estar inscrito seja lá onde for, isso não significa que não tenha de ter todo o respeito da pessoa com quem se encontra, porque o consentimento [para relações sexuais] tem de ser sempre uma condição", argumentou.
O responsável da PJ salientou que "alguns homens", perante uma mulher inscrita numa rede social e havendo um encontro "até exploratório para a possibilidade de haver relações sexuais, tenderão a convencer-se que isso é um dado adquirido".
"Ora isso não é um dado adquirido, o consentimento tem de estar sempre presente", reafirmou Carlos Dias.
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