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Hospital de Santa Maria da Feira lamenta perda de bebé e diz que caso está a ser analisado

Grávida perdeu o bebé às 37 semanas. Diz ter sido acompanhada até às 26 semanas e depois deixou de ser chamada para consultas.

03 de novembro de 2025 às 15:28

Depois da notícia publicada pelo Correio da Manhã sobre o caso de Tânia Silva, a grávida, de 26 anos, que perdeu o bebé às 37 semanas no Hospital de Santa Maria da Feira, em que a mulher acusa a unidade hospitalar de negligência, já que desde as 26 semanas de gestação não voltou a ser chamada para consultas, o hospital veio agora responder.

A unidade hospitalar, em comunicado, "lamenta profundamente o desfecho da situação e expressa a sua solidariedade à utente e à sua família, assegurando que todos os factos estão a ser cuidadosamente analisados no âmbito de um processo interno de averiguação clínica e administrativa".  

Ainda segundo o comunicado, o primeiro registo de vigilância obstétrica da utente remete para 2020 por segunda gravidez, onde foi acompanhada em várias consultas. Durante essa gravidez, diz o hospital, "foram constatadas múltiplas faltas a consultas e de não realização de análises prescritas pelo médico de família", lembrando que o parto foi feito por cesariana com nascimento de recém-nascido vivo.

Sobre a gravidez em que perdeu o bebé, refere o hospital que foi acompanhada e classificada como gestação de risco, devido a ter diabetes e a ter tido uma cesariana anterior. Pode ler-se que "o último contacto com o hospital foi antes do parto, a 3 de dezembro de 2024". Recorreu ao serviço de urgência a 20 de janeiro por ausência de movimentos fetais desde às 14h00 do dia anterior e às 8h39 foi confirmado o óbito intrauterino. 

"A utente foi internada e a necessidade de indução do parto foi explicada pela equipa tendo em conta o risco acrescido de nova cesariana", diz o hospital, que salienta ainda que "a situação foi comunicada à utente em várias ocasiões pela equipa médica e de enfermagem, sendo-lhe explicadas as opções terapêuticas adequadas ao seu quadro clínico, incluindo os riscos associados à cesariana prévia".

Segundo o hospital a utente faltou a várias consultas o que dificulta a continuidade da vigilância clínica.

Sobre o facto de faltar a algumas consultas, Tânia Silva diz  que faltou no primeiro trimestre porque o filho estava doente, mas observa que "isso não invalida que não tenha sido mais chamada para consultas no terceiro trimestre". 

Recorde-se que Tânia Silva perdeu o bebé às 37 semanas e nunca percebeu o que aconteceu. Tentou entender junto do hospital, mas, segundo ela, sem sucesso.

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