Em causa estão seis construções precárias que já tinham sido reconstruídas no fim de semana de 16 e 17 de agosto e que poderão ser demolidas.
Os moradores que vivem nas seis construções precárias que a Câmara de Loures pretende demolir no bairro do Talude interpuseram uma providência cautelar para impedir as demolições, disse à agência Lusa fonte do Movimento Vida Justa.
Em causa estão seis construções precárias que já tinham sido reconstruídas no fim de semana de 16 e 17 de agosto e que poderão ser demolidas a partir de quinta-feira, findo o prazo de 48 horas estabelecido pela Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa, para a desocupação do espaço.
Em declarações à Lusa, Kedy Santos, do Movimento Vida Justa, referiu que os moradores visados por esta ação de demolição já interpuseram uma providência cautelar para impedir os trabalhos.
"Os moradores, com auxílio dos advogados, têm feito diligências nesse sentido, para se protegerem, para se defenderem, como aconteceu nas outras vezes em que houve risco de demolição", indicou.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Loures disse que a autarquia ainda não foi notificada de nenhuma decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa.
Numa nota divulgada na terça-feira, a Câmara de Loures referiu que as seis construções precárias identificadas tinham sido erguidas por ocupantes que já tinham construído no mesmo local e que uma situação diz respeito a uma família que já tinha recebido apoio económico da autarquia para caução e primeira renda de casa.
Contudo, confrontado com esta situação, Kedy Santos negou que tal corresponda a verdade, assegurando que as seis famílias permanecem no bairro desde as últimas demolições.
"É uma mentira que foi lançada. As famílias que estão a reerguer as barracas são as famílias que têm dormido nas tendas desde a última demolição do dia 30 [julho]. Nenhuma delas recebeu valores da Câmara", ressalvou o ativista.
Kedy Santos sublinhou que a maioria das famílias "são monoparentais" ou com um elemento do agregado que "não está no ativo".
"Elas têm dificuldades em encontrar uma casa com os valores que são apresentados no mercado de hoje. É impossível aceitarem uma renda e uma caução com valores abaixo dos 400 euros que a Câmara tem oferecido, porque eles não conseguem alugar uma casa dentro desse valor", argumentou.
O ativista especificou ainda que apenas duas das 55 famílias que foram desalojadas desde o início deste processo de demolições foram apoiadas pela Câmara de Loures e aceitaram sair do município para outros.
Em 14 de julho, a autarquia de Loures desencadeou uma operação de demolição de 64 casas precárias e construídas pelos moradores no Talude Militar, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.
A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.
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