Soldados da paz de Elvas foram esta segunda-feira ameaçados de morte à porta do hospital.
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A Liga dos Bombeiros Portugueses repudiou esta terça-feira os "atos de violência" perpetrados contra bombeiros das corporações de Borba e Elvas, no Alentejo, e solicitou ao Governo uma "resposta urgente" sobre quais as medidas de segurança que preconiza.
Em comunicado enviado esta terça-feira à agência Lusa, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), presidida por Jaime Marta Soares, manifestou o "mais vivo repúdio" perante "os recentes acontecimentos envolvendo as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Borba e Elvas".
"A LBP, em reunião extraordinária do seu secretariado executivo, decidiu solicitar ao Ministro da Administração Interna uma resposta urgente sobre que medidas de segurança preconiza para os bombeiros portugueses no exercício da sua nobre missão de socorro às populações", anunciou o organismo.
A tomada de posição da estrutura presidida por Jaime Marta Soares surge na sequência dos "atos de violência" ocorridos nos últimos dias, primeiro na madrugada de sábado, no quartel da corporação de Borba, no distrito de Évora, em que dois bombeiros ficaram feridos, e, depois, esta segunda-feira, no hospital de Elvas (Portalegre), em que dois bombeiros da corporação local foram ameaçados.
"A invasão violenta das instalações da Associação [Humanitária dos Bombeiros Voluntários] de Borba e as ameaças de morte aos Bombeiros de Elvas no serviço de urgências do Hospital de Santa Luzia merecem, desde a primeira hora, o vivo repúdio e a solidariedade da LBP para com os seus bombeiros e dirigentes, em consonância" com a posição que já tinha sido assumida pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, pode ler-se.
Segundo a LBP, no comunicado assinado por Jaime Marta Soares, trata-se de "ataques, baixos, cobardes e repugnantes", os quais "devem merecer de todos a exigência de uma resposta pronta e eficaz da parte da justiça, punindo exemplarmente os agressores".
A LBP revelou ainda já ter disponibilizado o seu gabinete jurídico para prestar apoio às duas associações e respetivas corporações de bombeiros.
No sábado de madrugada, em Borba, dois bombeiros da corporação local ficaram feridos - um deles foi agredido - numa ocorrência que envolveu a invasão do quartel por um grupo cerca de 20 pessoas, disse à Lusa o comandante da associação humanitária, Joaquim Branco.
Os bombeiros sofreram ferimentos ligeiros, um por agressão a murro e o outro devido a vidros partidos da porta principal do quartel, tendo sido transportados para o Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Estremoz, segundo o responsável.
A GNR identificou três pessoas envolvidas no incidente em Borba, mas não efetuou qualquer detenção, disse à Lusa fonte da força de segurança, que explicou que o processo vai seguir os trâmites normais, através do Ministério Público.
Já esta segunda-feira, dois bombeiros da corporação de Elvas foram ameaçados de morte por um homem à entrada para a triagem nas urgências do Hospital de Santa Luzia, naquela cidade, disse à Lusa o comandante da associação humanitária local, Tiago Bugio.
Os bombeiros, um homem e uma mulher, estavam a entrar no serviço de urgência com uma vítima quando o homem "os ofendeu, tendo cuspido na direção dos operacionais e proferido insultos e ameaças de morte", sem que estes tenham respondido, acrescentou o comandante, referindo que o mesmo indivíduo provocou danos na ambulância.
A PSP, chamada ao local, identificou o homem e os dois bombeiros, revelou fonte policial, que disse que a ocorrência iria ser reportada ao Ministério Público.
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