Grupo feminino consome nas lojas, não paga e ameaça lesados.
Os comerciantes da Baixa da Figueira da Foz andam desesperados com um grupo de mulheres que, há um ano, faz roubos em série nas lojas e cafés. Conhecidas por ‘loiras’, as mulheres entram nos estabelecimentos, consomem e fogem sem pagar. Sempre que são intercetadas causam distúrbios e ameaçam de morte os lesados. Até já agrediram agentes da PSP, tendo duas delas sido detidas.
"Todos os dias vimos trabalhar com medo", conta Cristina Gomes, 35 anos, funcionária de uma loja. O modus operandi é, segundo a vítima, sempre o mesmo: "Colocam as compras em cima do balcão, eu vou ensacando e quando apresento a conta elas fogem com o saco cheio." A colega, Ana Nunes, 29 anos, já as confrontou e foi ameaçada de morte. "Insultaram-me, agrediram- -me no ombro e disseram que a minha sorte eram as câmaras de vigilância, mas lá fora iam apanhar- -me e iria morrer."
Na rua da República, a maioria já foi vítima dos roubos, mas recusam dar a cara com medo de represálias. "Quando se fala nas loiras todos têm medo", assegura Cristina Gomes. As lesadas dizem alertar a PSP, mas os problemas mantêm-se. "A Polícia já demorou duas horas a chegar e uma vez nem veio", diz Cristina Gomes.
A PSP tem registo de 30 casos e refere já ter identificado cinco mulheres. Mas a maioria dos processos não teve seguimento por falta de queixa dos lesados, refere a nota da PSP. Está prevista uma reunião com os comerciantes e vai ser intensificado o policiamento.
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