Ao detido, que usaria a Internet para cometer os crimes, foi aplicada a medida de coação mais gravosa.
O cidadão luso-brasileiro detido na terça-feira pela Polícia Judiciária por alegados crimes de incitamento ao ódio e aliciamento para morte de uma jornalista brasileira residente em Portugal ficou esta quinta-feira em prisão preventiva, anunciou a PJ.
Fonte da Polícia Judiciária (PJ) adiantou que o detido, que usaria a Internet para cometer estes crimes, foi ouvido em primeiro interrogatório judicial por um Juiz de Instrução Criminal, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa.
Na passada terça-feira, a PJ anunciou a detenção de um cidadão luso-brasileiro, de 30 anos, por alegadamente ter cometido crimes de incitamento ao ódio, como oferecer um pagamento pela morte de uma jornalista brasileira residente em Portugal.
Segundo um comunicado, a Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCTE) deteve em Vila Real, fora de flagrante delito, um homem "fortemente indiciado de ter difundido nas redes sociais uma publicação na qual incita à violência contra um grupo de pessoas de nacionalidade estrangeira".
A PJ explicou que nestas publicações nas redes sociais o suspeito "oferecia como recompensa um apartamento no centro de Lisboa [no valor de 300 mil euros] a quem realizasse um massacre e exterminasse determinados cidadãos estrangeiros e um bónus adicional de 100 mil euros a quem atentasse contra a vida de uma jornalista brasileira que trabalha em Portugal".
A divulgação da referida publicação tornou-se viral, "com enorme repercussão e alarme social, afetando gravemente o sentimento de tranquilidade, de segurança e da paz pública, gerando a indignação e o repúdio em vários quadrantes", observou a PJ.
A Judiciária acrescentou que o suspeito tem antecedentes por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência e que, durante a detenção, onde atualmente residia (Vila Real), foram apreendidos elementos de prova relativos ao seu radicalismo ideológico, não especificados.
Apesar de detido no distrito de Vila Real (norte), foi ouvido em primeiro interrogatório judicial em Lisboa.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) publicou uma nota na sua página na Internet em que explica que o detido está "fortemente indiciado" por "um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, um de instigação pública a um crime, outro de apologia pública de um crime e também um de ameaça agravada.
De acordo com a PGR, em síntese, estão em causa publicações efetuadas pelo arguido numa rede social em que este incitava ao ódio e à violência contra a comunidade brasileira e fazia a apologia da ideologia nazi.
A PGR sublinha que o luso-brasileiro está "fortemente indiciado" de ter incitado a "homicídios por motivos raciais, ao oferecer um apartamento a quem realizasse um massacre de cidadãos brasileiros e um bónus em dinheiro pela morte de uma jornalista, também ela brasileira".
O inquérito é dirigido pelo DIAP de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
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