Criança, de 10 anos, tentou resistir. Ainda chegou ao pescoço da mãe, mas foi estrangulada com um cachecol.
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Rafael era uma criança bem aceite na escola. Um líder, garante a professora da primária, que o acompanhou durante quatro anos. Mas a mãe, não se sabe porquê, achava que era vítima de bullying. Durante dois anos planeou a morte do filho, de 10 anos, e em setembro último o menino acabou por morrer às suas mãos, em casa, em Panóias de Cima, na Guarda. Foi estrangulado com um cachecol.
A PJ, que agora terminou a investigação, aponta para um cenário de completo distúrbio mental. Ilda Gonçalves assumiu aos médicos do Hospital da Guarda que preparou a morte ao pormenor. Vivia com uma depressão profunda, recusava-se a tomar a medicação. Mas alimentava fantasmas. Que a consumiam.
O primeiro incidente, contaram os familiares de Ilda aos investigadores, está relacionado com a água. Ilda convenceu-se de que os vizinhos lha roubavam, chegou a fazer queixa, a pedir a intervenção das autoridades.
Não se sabe exatamente porquê, mas a mulher mentalizou-se depois que o filho era rejeitado na escola. E quando a médica do Hospital da Guarda a atendeu - Ilda tentou o suicídio após matar o filho -, contou que não podia deixá-lo ir à escola. Rafael preparava-se para começar as aulas do 5º ano e mudar para um estabelecimento de ensino de maiores dimensões. Ilda temia que fosse excluído.
A morte do jovem, descrita no processo, é uma história de horror. Rafael resistiu, percebeu o que lhe estava a acontecer. Contou novamente a médica que Ilda apresentava mesmo marcas no pescoço quando foi internada. Reconheceu que tinha sido o filho que a atacou, quando tentava ele próprio sobreviver.
Reconheceu ainda que foi ela quem o matou e que tentou também morrer. Deitou-se ao lado do corpo do menino, mas a verdade é que nunca correu risco de vida.
Autoridades chamadas ao local pela madrinha
Funeral de criança marcado pela dor e emoção de amigos
PJ da Guarda manda caso para acusação
A Polícia Judiciária terminou rapidamente a investigação e mandou já o processo para o Ministério Público para acusação. Defendem os investigadores que foi cometido um crime de homicídio qualificado, já que a morte do menor foi premeditada.
Pai encontrou filho morto no chão tapado com pano
Alípio Alves Gonçalves assegurou ainda à Polícia Judiciária da Guarda que a sua esposa estava diagnosticada com problemas do foro mental, designadamente uma depressão. Disse que a mulher não tomava os medicamentos prescritos para o efeito, mas que nunca se mostrou agressiva para com o filho. Nada faria prever que o pudesse matar.
Nas suas declarações, Alípio Alves Gonçalves conta que também foi ele quem encontrou Ilda. Estava na casa e percebeu logo que a mulher tinha matado o filho. Ligou, de imediato, à madrinha da criança, em pânico. Não sabia o que fazer perante aquele cenário.
Afinal, parecia tudo ter sido encenado ao pormenor por Ilda Gonçalves. Junto ao corpo do filho estavam várias fotografias e tinha ainda um pequeno pano branco - que usou no batizado para cobrir o rosto - a tapar-lhe a face.
PORMENORES
Disse que matou filho
Quando foi assistida ainda em casa, Ilda confessou aos médicos que tinha matado o filho. Tinha ingerido comprimidos.
Confessa ao juiz
Ilda confessou igualmente o crime quando foi ouvida pelo juiz de instrução criminal. Mas nunca apresentou uma história coerente.
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