Entre 2010 e 2015 foram executadas 3.814 missões de busca e salvamento em águas sob jurisdição nacional.
Os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa e de Ponta Delgada receberam, entre 2010 e 2015, quase 1.000 falsos alertas, o que representa, anualmente, mais de um quarto destas operações durante os seis anos.
Dados facultados este sábado à agência Lusa pela Marinha portuguesa demonstram que, em 2010, houve 140 falsos alertas, 170 em 2011, no ano seguinte verificaram-se 148 destas ocorrências, número que aumentou para 162 em 2013 e para 214 em 2014, registando-se uma diminuição em 2015, com 165 destas ocorrências, perfazendo 999 falsos alertas sinalizados ao longo dos últimos seis anos.
Entre 2010 e 2015 foram executadas 3.814 missões de busca e salvamento em águas sob jurisdição nacional (continente e ilhas), 999 das quais desencadeadas por falsos alertas, o que, em média, representa, anualmente, 26% do total deste tipo de operações, que contam com meios navais e que podem envolver também meios da Força Aérea Portuguesa e até civis.
Em 2010 realizaram-se 728 missões de busca e salvamento, 546 em 2011, no ano seguinte 672 e em 2013 houve 603 destas missões. Em 2014 registaram-se 629 operações de busca e salvamento e 636 em 2015, o que dá um total de 3.814 missões efetuadas nos seis anos.
Uma das últimas missões deste tipo desencadeadas por um falso alerta decorreu a 11 de janeiro deste ano, quando meios da Marinha e um helicóptero da Força Aérea Portuguesa (FAP) fizeram buscas para encontrar três possíveis desaparecidos, na foz do rio Douro, no Porto, na sequência de um alegado naufrágio de uma embarcação de recreio.
O helicóptero EH-101, que, no continente, está permanentemente em alerta na Base Aérea do Montijo, esteve quatro horas envolvido nesta missão, o que teve um custo de cerca de 24.000 euros para o erário público, pois cabe ao Estado português garantir a busca e salvamento no mar, na área sob responsabilidade nacional.
Segundo dados a que a Lusa teve acesso, uma hora de voo do EH-101 ronda os 6.000 euros.
Falsos alertas "têm peso importante"
A Marinha portuguesa considera "significativos" os 1.000 falsos alertas registados nos últimos seis anos, reconhecendo que têm um "peso importante" em toda a atividade operacional dos meios atribuídos à missão de busca e salvamento marítimo.
Entre 2010 e 2015 foram executadas 3.814 missões de busca e salvamento em águas sob jurisdição nacional, 999 das quais desencadeadas por falsos alertas, o que representa uma média anual de mais de um quarto (26,1%) do total deste tipo de operações.
"Estes falsos alertas são significativos porque têm um peso importante dentro da atividade operacional dos meios de salvamento.
Aquilo que podemos dizer é que, [em] qualquer situação de emergência que chegue ao nosso conhecimento, primeiro tentamos validar essa informação, mas não podemos perder muito tempo, porque os meios têm de ser ativados", explicou à agência Lusa o porta-voz da Marinha.
Segundo o comandante Paulo Vicente, sempre que os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo recebem um alerta, a prioridade é a ativação dos meios, ficando para segundo plano a confirmação da veracidade do alerta.
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