Pina Monteiro diz que lança-granadas foguete LAW é "uma arma perigosa e muito eficaz, funcionando".
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O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, assumiu, esta terça-feira, que o material roubado em Tancos estaria ativo. "O material não é obsoleto. Não é", garantiu o chefe de Estado-Maior General.
Recorde-se que, a 11 de julho, Pina Monteiro tinha dito que o material mais perigoso que tinha desaparecido dos paóis provavelmente não funcionaria, pois estava marcado para abate.
Desta feita, explica que não considerou o material, nomeadamente os lança-granadas foguete LAW (44), ativos porque "têm características complexas" e "não é fácil de [os] utilizar".
"Como é material que ainda está em operação, não devemos em público dar instruções a quem possa tê-los para poder aproveitar... mas aquilo tem uma granada, que não é fácil de utilizar porque é de efeito dirigido, e por isso eu disse que não poderiam ser utilizados com eficácia e a sua eficácia é usá-los para aquilo a que foram dirigidos, que é destruir viaturas blindadas".
Continua, no entanto, a salientar que é "uma arma perigosa e muito eficaz, funcionando".
Pina Monteiro recusa desvalorização do caso e do material roubado
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, afirmou hoje que o seu papel no "caso de Tancos" foi "muito reduzido" e recusou qualquer desvalorização, mantendo que sempre o considerou "grave".
O general adiantou que só teve conhecimento do furto pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no dia 29 de junho, quando o acompanhava numa reunião ministerial na NATO, em Bruxelas.
O general, que respondia aos deputados na comissão parlamentar de Defesa Nacional, referiu ainda que participou também numa reunião da Unidade Nacional contra o Terrorismo, da Polícia Judiciária, a convite da Secretária-geral de Segurança Interna, no dia 30 de junho, e que nessa reunião decidiu dar conhecimento do furto à NATO, através do circuito classificado.
"Desde que foi conhecido o material em causa que a avaliação do risco quanto ao seu possível emprego pelo crime organizado ou crime terrorista, que a situação era considerada grave e de risco elevado não só face ao conjunto de granadas e de diversos tipos de explosivos que existiam, mas também à existência de 44 lança-granadas foguete que faziam parte da lista", referiu.
"Desse material, apenas foi considerado não perigoso os 14 disparadores de tração lateral, inertes, e 30 granadas de mão que servem para instrução. Todo o restante material era assumido como estando ativo e operacional", sublinhou.
CEMGFA diz que nunca recebeu qualquer informação sobre potencial ameaça
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, garantiu hoje que nunca chegou ao Centro de Informações e Segurança Militares (CISMIL) qualquer informação ou rumor sobre uma potencial ameaça em relação aos paióis de Tancos.
"Posso garantir que nunca houve qualquer informação prévia que chegasse ao CISMIL [integrado no Estado-Maior General das Forças Armadas], nunca chegou qualquer informação sobre ameaça ou que poderia existir uma ameaça neste sentido", afirmou o general Pina Monteiro.
O CEMGFA respondia a uma pergunta do deputado do PSD Costa Neves, na comissão parlamentar de Defesa Nacional, numa audição requerida pelos sociais-democratas para esclarecimentos sobre "um conjunto de dúvidas" que a bancada entende existirem em torno do furto de material de guerra em Tancos, revelado a 29 de junho.
"Há rumores que nunca conseguimos confirmar de que houve informação prévia de serviços de Justiça ou de serviços de informações e não sei se ao CISMIL, de que estaria em preparação algo daquele género, com lista de números e contactos", referiu o deputado do PSD Costa Neves.
A ideia de que as Forças Armadas dependem "praticamente totalmente" do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) para a obtenção de informações sobre riscos e ameaças à segurança militar, que essa dependência "decorre da lei" já tinha sido afirmada na primeira intervenção da abertura do general Pina Monteiro.
"Procuramos um bom relacionamento, pessoal até, com o Sistema de Informações da República Portuguesa, com a senhora secretária-geral de Segurança Interna, mas estamos dependentes dessas informações. Se não as tivermos em tempo e elas existirem, é evidente que há uma vulnerabilidade", afirmou Pina Monteiro.
"Face à lei, as Forças Armadas dependem, para a segurança militar e para outras relacionadas com a contra informação, dependem praticamente totalmente do SIED [Serviço de Informações Estratégicas de Defesa], do SIS [Serviço de Informações de Segurança] e de outros organismos que possam fornecer informações", disse.
"Nós não violamos a lei", sublinhou, depois.
O CISMIL visa a produção de informações para "missões de natureza operacional que no fundo são apenas as Forças Nacionais Destacadas, onde para tal são projetadas equipas de contra-informação", frisou.
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