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McCann: Caso reaberto

O caso Maddie, arquivado em Julho de 2008 por falta de provas, poderá ser reaberto. Gonçalo Amaral, ex-coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, que liderou a investigação do desaparecimento da menina inglesa na praia da Luz em Maio de 2007, garantiu que está a ponderar constituir-se assistente do processo e que tem provas que podem mudar o cenário actual do caso.

11 de fevereiro de 2010 às 00:30

'Existem centenas de diligências que não foram investigadas, num processo que foi mal arquivado', disse ontem à margem das alegações finais do julgamento da providência cautelar do livro ‘Maddie – A Verdade da Mentira’, no Palácio da Justiça, em Lisboa.'É mais do que legítimo, uma vez que destruíram a minha reputação. Envergonharam-me pessoal e profissionalmente', finalizou. Por outro lado, Isabel Duarte, advogada de defesa de Gerry e Kate McCann chamou 'mentiroso' ao inspector da PJ Ricardo Paiva, que prestou depoimentos na última sessão. 'Existem dezenas de fotografias, matrículas de carros e locais que podem indicar onde está Madeleine, e a polícia simplesmente desvalorizou. Consultei o processo e vi. Não se pode encontrar alguém se não procurarmos', salientou.

Na sessão de ontem, que contou com a presença do casal britânico, a questão central foi a alegada violação do segredo de justiça por parte de Gonçalo Amaral, uma vez que a defesa dos McCann diz que o livro foi dado como finalizado antes do arquivamento do processo. António Cabrita, advogado de Gonçalo Amaral, disse que a polémica em torno do livro só acontece porque o mesmo 'se aproxima perigosamente daquilo que aconteceu' na noite do desaparecimento.

Gerry McCann, acompanhado de um cartaz com a foto da filha, disse que confia no sistema judicial português. 'Não deixem de procurar a nossa menina. Não desistam, por favor', apelou.

PORMENORES

RELATÓRIO

António Cabrita, advogado de Amaral, disse no tribunal que teve acessoa um relatório privado de um inspector inglês que terá participado na investigação e que defende não só a hipótese de rapto como também da morte com participação dos pais.

'ABUTRES'

Aquando das alegações de Isabel Duarte, em defesa dos McCann, os ânimos exaltaram-se quando a advogada chamou 'abutres' e 'vampiros' a todos os que acreditavam na participação do casal no desaparecimento da filha, incluindo advogados e plateia.

CONTESTAÇÃO

Algumas pessoas reuniram-se ontem à porta do Palácio de Justiça para apoiar o ex-coordenador da PJ Gonçalo Amaral. 'Não se pode chamar pais a duas pessoas que abandonam os próprios filhos', disseram, com cravos vermelhos nas mãos.

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