Fogo lavra na ilha desde quarta-feira e tem três frentes ativas.
O presidente do Governo Regional da Madeira disse, este domingo, que o combate ao incêndio na região está a apostar na "preservação e salvaguarda das zonas urbanas", criticando os comentários de "abutres políticos" e o apoio "insuficiente" do Estado.
"A Madeira e os Açores, neste momento, no quadro da lei das finanças regionais, são um ótimo negócio do Estado. O Estado diz que a Madeira e os Açores fazem parte integrante da nação e do Estado português, mas cada vez gasta menos dinheiro, portanto é um bom negócio", afirmou o líder do executivo regional madeirense, Miguel Albuquerque (PSD).
O presidente do Governo Regional da Madeira falava aos jornalistas no Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, na ilha da Madeira, a propósito do combate ao incêndio que deflagrou na quarta-feira na região e que tem este domingo três frentes ativas.
Questionado sobre o possível investimento no reforço de meios aéreos na região, com o apoio do Governo da República, uma que a Madeira tem apenas um, Miguel Albuquerque disse que "o Estado não assume responsabilidades" nas regiões autónomas sobre os "sobrecustos" em áreas como educação, saúde e proteção civil.
"Por mim, até tinha três ou quatro [meios aéreos], mas temos de negociar", apontou o governante, referindo que a região gasta, neste momento, três milhões de euros no meio aéreo que dispõe e que "tem sido determinante" no combate aos incêndios.
Relativamente ao incêndio ativo na região desde quarta-feira e às críticas quanto à mobilização dos meios de combate, Miguel Albuquerque disse que "há um conjunto de abutres políticos que se querem aproveitar destas situações para tirar dividendos", assim como "treinadores de bancada que nunca estiveram no fogo, não sabem como é que se combate o fogo".
"Atuamos em função de orientações técnicas. Os fogos não se combatem de uma forma desregrada", realçou.
O incêndio, que começou na quarta-feira de manhã no concelho da Ribeira Brava e alastrou no dia seguinte ao município vizinho de Câmara de Lobos, encontra-se hoje com três frentes ativas, "com uma evolução para norte, sobretudo o da Serra de Água", apontou o presidente do Governo Regional.
O governante sublinhou que o fogo lavra em zonas de difícil acesso, sem habitações por perto, explicando que a retirada de pessoas das suas casas é uma medida preventiva, para que não inalarem fumos, sobretudo idosos e crianças.
"Até agora, o que é importante é que temos conseguido salvaguardar as zonas urbanas, as habitações, e vamos continuar esta estratégia", frisou.
Quanto à disponibilidade da Região Autónoma dos Açores para enviar meios para apoiar no combate a este incêndio, Miguel Albuquerque referiu que a Madeira está recetiva a essa ajuda, mas a decisão consoante a evolução da situação durante o dia de hoje, inclusive com a equipa que chegou de Lisboa.
O líder do executivo madeirense indicou que a situação no Curral das Freiras "está mais controlada" e o fogo não chegou a subir ao Pico do Areeiro, um dos pontos mais altos da Madeira.
Respondendo às críticas sobre ausência de políticas de prevenção de incêndios e preservação da floresta na região, o governante destacou o investimento em "ações maciças de reflorestação", apontando como uma das mais importantes os cerca de 300 hectares no Caminho dos Pretos, e assegurou que está a ser feito "tudo o que é necessário" na área da prevenção.
"Agora, quando temos situações de fogo posto como é recorrente [...], onde esse fogo posto é na altura em que não é sequer possível o meio aéreo - devido à força dos ventos - intervir, evidentemente que a situação se torna mais complicada", explicou.
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