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Ministério Público abre inquérito às agressões durante curso da GNR

Imagens das agressões já foram entregues à Procuradoria Geral da República.

03 de dezembro de 2018 às 13:03

O Ministério Público abriu inquérito de natureza criminal para investigar o alegado espancamento de dez formandos da GNR em treinos num curso em Portalegre, informou esta segunda-feira a Procuradoria-geral da República (PGR).

Numa resposta enviada à agência Lusa, a PGR refere que "o Ministério Público determinou a instauração de inquérito relacionado com a matéria".

Cerca de dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

A Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência numa ação de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

No domingo, o Ministério da Administração (MAI) Interna ordenou à Inspeção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.

Bloco de Esquerda quer saber se MAI suspendeu GNR que agrediram formandos

Considerando que as notícias são "de uma gravidade extrema", o grupo parlamentar do BE enviou esta segunda-feira várias questões ao ministério de Eduardo Cabrita, para saber que "medidas concretas" foram tomadas para apurar o sucedido.

Em causa estão notícias de que dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

Entre as questões apresentadas pelo Bloco, conta-se ainda saber se os formadores foram suspensos e se os formandos agredidos poderão ser prejudicados.

O BE pergunta ainda se o Ministério da Administração Interna está a ponderar encontrar uma nova forma de selecionar os formadores.

Referindo que "a formação de forças de segurança, seja ela qual for, não pode ser um laboratório de agressões e de humilhações por parte de quem tem a responsabilidade de formar profissionais que, no futuro, garantirão a segurança de pessoas e bens", o partido lembra que as agressões atingiram cidadãos.

A Guarda Nacional Republicana confirmou à Lusa a ocorrência numa ação de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

No domingo, o Ministério da Administração Interna ordenou à Inspeção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento, medida que o Ministério Público secundou esta segunda-feira.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.

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