A edição de hoje
Durante a fase de investigação, a arguida admitiu também a morte de outros dois bebés.
O Ministério Público pediu esta quarta-feira a condenação por homicídio qualificado para a mulher de Figueiró dos Vinhos, Leiria, que é acusada de matar o filho recém-nascido, em setembro de 2012.
A defesa pede que seja retirada a qualificação.
O Ministério Público (MP) considerou que a decisão do Tribunal de Leiria "só pode ser a de condenação por homicídio qualificado", referiu o procurador, durante as alegações finais do julgamento, que decorreu hoje à tarde. A arguida já tinha sido condenada a dez anos e quatro meses de prisão, mas a Relação de Coimbra decidiu mandar repetir o julgamento, tendo a repetição começado em dezembro de 2015.
Segundo o MP, a arguida não terá tomado nunca a decisão de optar pela entrega da criança para adoção, afirmando que esta "escondeu sempre a gravidez até à última hora" e "recusou o enxoval".
O procurador recordou que a repetição do julgamento pretende determinar "com clareza" se a arguida tomou a decisão de adoção ou não. "A arguida pode ter dito que queria entregar a criança para adoção, mas isso não quer dizer que tomou essa decisão", apontou o procurador.
Já a defesa defende que o crime não foi premeditado e que "o facto de ocultar a gravidez" ou recusar o enxoval não pode determinar que a intenção da arguida "fosse uma ou outra".
Durante a fase de investigação, a arguida admitiu também a morte de outros dois bebés. No entanto os restos mortais dos mesmos nunca foram encontrados. A leitura da sentença ficou marcada para 09 de março, às 14:00.
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