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"Não agredi ninguém, fui sempre educado"

'Burlão das notas de 50' assumiu parte dos crimes. Dinheiro alimentava vício da droga.

12 de outubro de 2016 às 08:39

'Burlão das notas de 50' assumiu parte dos crimes

Valdemar Castro admitiu, esta terça-feira, ao Tribunal de Vila Nova de Gaia, parte dos 47 crimes pelos quais começou a ser julgado. O homem, de 42 anos e que ficou conhecido por ‘burlão das notas de 50’, explicou detalhadamente ao coletivo como atuou em estabelecimentos de Matosinhos, Gaia, Gondomar, Porto, Valongo, Póvoa de Varzim e Maia.

"Por norma, tentava despistar, pedir algo, como sandes ou bebidas. Pedia para trocarem uma nota de 50 por duas de 20 e uma dez. Depois, enganava as pessoas, dizia que tinha de ir tirar tabaco ou ir lá fora dar dinheiro a alguém", descreveu. "Nunca agredi nem magoei ninguém. Fui sempre educado", acrescentou o homem que não entregava a nota que pedia para trocar. Por vezes, retirou também dinheiro diretamente da caixa registadora.

Valdemar contou que a sua vida ficou destruída em 2010, com a morte da mulher. O negócio na construção civil faliu e começou a consumir heroína e cocaína - algo que se tornou diário a partir de 2014, quando começou a namorar com a coarguida, Celeste . "Eu fiz isto porque tinha de alimentar o meu vício", assegurou o burlão, que tem um filho de 10 anos, entregue a cunhados.

Atuou entre 2014 e o início deste ano e ‘lucrou’ mais de 2600 euros, após encomendar um total de 61 sandes para enganar os lesados.

A namorada ficou em silêncio, enquanto o irmão de Valdemar está em parte incerta, pelo que responderá em processo separado.

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