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“Não sabia que era preciso licença”: Autarca reconhece ilegalidade da Associação onde fogo matou 11 pessoas

Jorge Dias começou a ser julgado por 11 crimes de homicídio por negligência e um crime de ofensas à integridade negligente.

28 de junho de 2022 às 08:45

O presidente da Associação Recreativa de Vila Nova da Rainha, em Tondela, reconheceu esta segunda-feira em tribunal que, se fosse possível voltar atrás, a coletividade teria feito as coisas de forma diferente e de forma legal. Jorge Dias referia-se ao facto de a associação não ter licença de funcionamento - "desconhecia que esse documento era necessário", disse o arguido, frisando que tinha apoios da Câmara de Tondela e da junta de freguesia, entidades que nunca o alertaram "para esta situação da ilegalidade".

Jorge Dias começou esta segunda-feira a ser julgado no Tribunal de Viseu por 11 crimes de homicídio por negligência e um crime de ofensas à integridade negligente. Reconheceu ao coletivo de juízes que não existiam extintores no primeiro andar e que ao longo dos anos foram feitas obras de melhoramento nos espaços, como colocação de tectos falsos e salamandras para aquecimento.

Na sessão desta segunda-feira foram ouvidos familiares de duas vítimas mortais e inspetores da PJ que explicaram ao tribunal detalhes sobre a origem da explosão/fogo. A tragédia aconteceu na noite de 18 de janeiro de 2018 quando no primeiro andar do edifício se disputava um torneio de sueca com 60 participantes e no rés do chão mais 15 pessoas assistiam ao jogo de futebol Braga-Benfica. A explosão foi originada por sobreaquecimento do sistema de aquecimento.

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