Ano passado teve menos área ardida e menos mortes e um investimento de 316 milhões de euros na gestão do risco de incêndio rural.
O número de incêndios em 2021 foi 15% menos do que em 2020 e consolidou uma redução para mais de metade face à década anterior, indica um relatório divulgado esta quinta-feira, no qual se enaltece o comportamento da população.
A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) entregou esta quinta-feira na Assembleia da República o relatório de atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais relativamente a 2021.
No documento, entretanto tornado público, salienta-se que em 2021 houve menos incêndios, menos área ardida e menos mortes, tendo sido investidos nesse ano 316 milhões de euros na gestão do risco de incêndio rural (mais 09% do quem em 2020), 46% para prevenção e 54% para supressão.
No ano passado, segundo o relatório, o dispositivo de combate aos incêndios definido pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) foi reforçado com mais bombeiros e sapadores, com cerca de 12.000 elementos, dos quais 69% já são profissionais, e foi consolidado o uso de 59 meios aéreos, geridos pela Força Aérea.
Com menos incêndios (8.223), menos área ardida (28.415 hectares) e menos mortes (seis), o ano de 2021 "vem confirmar a dinâmica de alteração dos comportamentos de risco da população", visto que praticamente "a totalidade dos incêndios tem causa humana", diz o relatório da AGIF.
No ano passado, refere também, houve uma diminuição em 38% das causas associadas aos incêndios no Norte e Centro, já que no sul houve um aumento, ligado ao uso de máquinas agrícolas e florestais.
"De facto, a generalidade da população tem vindo a demonstrar nos últimos anos adequar os seus comportamentos face ao risco, em particular a norte do Tejo, onde observamos que optam por fazer as ignições em dias meteorologicamente menos gravosos (- 54% de incêndios em dias de alto risco, face ao período de 2011-19), mas também demonstrando uma maior preocupação com a gestão de vegetação em torno das habitações", assinala-se no relatório.
A AGIF diz que para tal têm contribuído as ações de sensibilização e fiscalização da GNR, o patrulhamento e a comunicação do risco ("Portugal Chama"), entre outros processos, como o programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras" (já com 2.064 aldeias abrangidas), ou o controlo da vegetação em territórios de gestão pública, e em infraestruturas de interesse público.
No total foram intervencionados cerca de 88.000 hectares, mais 25% que em 2020, especialmente em faixas lineares de gestão de combustível (representando cerca de dois terços), diz o documento.
"Para que o país esteja menos vulnerável a incêndios severos (que têm probabilidade crescente de ocorrer no futuro próximo), é fundamental aumentar as áreas de descontinuidade, onde outros usos e ocupações permitem alterar o comportamento potencial de um incêndio", avisa a AGIF.
A agência salienta também a importância de os proprietários se mobilizarem na gestão dos terrenos, que são quase todos privados, defendendo que sejam agilizados os mecanismos que permitem essas ações conjuntas, através por exemplo do programa Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP).
No final de 2021 estavam já constituídas 70 AIGP, das quais 46 com contrato assinado, totalizando uma área de 140.463 hectares. Também as Zonas de Intervenção Florestal e Baldios já representam 2,3 milhões de hectares. Falta ainda fazer, nota a agência, grande parte do cadastro das propriedades.
No relatório de 2021 a AGIF salienta-se ainda que 93% de incêndios foram extintos em ataque inicial e com um tempo médio de chegada ao teatro de operações de 16 minutos. A taxa de reacendimentos ficou nos 2%.
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