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Artigo exclusivo

“O trabalho salvou-me a vida”: Amigo militar falhou pescaria e escapou à tragédia na Figueira da Foz

Pedro Monteiro não acompanhou os amigos porque não pôde trocar o turno com um colega.

15 de novembro de 2021 às 01:30

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Conceição Canais
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embarcação naufragada, Figueira da Foz
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Pedro Monteiro
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“Só não fui com eles porque estava de serviço. Se tivesse trocado o fim de semana, tinha ido de certeza”, garante. “O trabalho salvou-me a vida”, acredita. Os vizinhos dizem que “pode erguer as mãos para o céu” e “louvar a Deus”. Para Conceição Canais, de Rapoila, Condeixa-a-Nova, é o destino “a fazer das suas”. “Não tinha de acontecer”, afirma.

Pedro Monteiro está destroçado. No caso de Mário Trota, teve de ser ele a dar a notícia da sua morte aos pais. Uma tarefa “dolorosa” que muito lhe custou.

Há anos que acompanhava o grupo de pesca desportiva que, sábado, saiu da barra da Figueira da Foz com destino à zona da praia do Pedrógão. Diz que eram cuidadosos e nunca tinham “apanhado um susto” no mar: “Víamos como estavam as condições e se estivesse complicado, não arriscávamos.”

"Não estava com disposição para ir"

Fernando Silva tinha dito a familiares que "não estava com grande disposição para ir para o mar, mas acompanhou os colegas", afirma a prima Conceição Canais.

Helicóptero resgatou um homem

Os pescadores tentaram, cada um por si, sobreviver. Um deles foi resgatado pelo recuperador do helicóptero da Força Aérea, mas acabou por não sobreviver.

Comprou barco há quatro anos

A embarcação pertencia a Manuel Gonçalves, aposentado das Forças Armadas, residente em Venda da Luísa, Condeixa-a-Nova, que a tinha comprado há quatro anos.

Assoreamento é problema grave

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, esteve no local e considerou que o assoreamento da barra é "um gravíssimo problema".

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