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"O barco é meu, não o vou largar"

Mestre tentou evitar naufrágio.

21 de agosto de 2015 às 22:14

Bastou um minuto para que a embarcação ‘Ruben e Bruna’ fosse engolida pelo mar. O mestre, Armindo Postiga, 50 anos, tentou a todo o custo salvar o barco, batizado com o nome dos dois filhos, mas sem sucesso. Antes de desaparecer, ainda deu o alerta, via rádio, a pedir socorro para os quatro colegas – que sobreviveram ao naufrágio de quarta-feira, na Figueira da Foz.

"Ainda o ouvimos gritar: ‘Ai o meu barquinho. Ele é meu, não o posso largar’, mas já não o vimos mais", disse Sérgio André, conhecido por ‘Tapeu’, um dos sobreviventes.

Ao perceber que o barco estava a meter água, Sérgio, de 43 anos, e três colegas – António Craveiro, de 30, Alcídio Maio, 40, e Ildebrando Dourado (único ainda hospitalizado), de 27 – atiraram-se ao mar. Os tripulantes, das Caxinas, Vila do Conde, estiveram em alto-mar 15 minutos, até serem resgatados.

‘Tapeu’ ainda ajudou a salvar o colega, Ildebrando Dourado, que não sabia nadar. "Ele não tinha forças. Tive de o segurar. Só assim ele conseguiu sobreviver", referiu. Também António Craveiro ficou em choque com o naufrágio. "O barco tombou e o mestre tentou de todas as formas evitar a tragédia", contou.

O funeral de Armindo Postiga – primo do pai do futebolista Hélder Postiga – realiza-se esta sexta-feira às 15h30, nas Caxinas.

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