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Pais de crianças da pediatria do Hospital de S. João cansados de promessas

Críticas não abrandam apesar da entrada da obra no Orçamento do Estado de 2019.

07 de novembro de 2018 às 08:55

A confirmação da presença do novo Centro Pediátrico do Hospital de S. João no Orçamento de 2019 não amainou as críticas de familiares de crianças internadas e do próprio autarca do Porto, Rui Moreira, que deixou várias questões à nova ministra.

Marta Temido garantiu esta terça-feira que "não dorme descansada" até resolver a situação.

"Saturei. Cansei. De discussões de orçamentos, de inaugurações de pedra sobre pedra. As instalações não são dignas. É preciso avançar com a obra", referiu, citada pela Lusa, Marta, após "20 internamentos" da filha de cinco anos, diagnosticada com um tumor inoperável na cabeça.

"Não quero saber de culpas. Quero que avancem, ou venham ver. Ofereço-me para uma visita guiada", acrescentou a ex-gestora de marketing, lembrando, por exemplo, que existem "uma casa de banho e um duche" partilhados por "40 ou 50 pais", muitos dos quais ali pernoitam semanas e meses.

"Porque é que nos descarregaram aqui? Era isso que eu perguntava. O meu marido chegou a colar um cartão na parede do quarto para tapar uma corrente de ar", descreve Clara Miranda, de Barcelos, e que acompanhou a filha de 15 anos entre 2016 e 2017. Uma "má" ressonância leva a perspetivar novo internamento.

Já Rui Moreira enviou um conjunto de questões à nova ministra, incluindo "qual o calendário previsível dos procedimentos de construção" e "até à conclusão dos trabalhos, qual é a viabilidade da transferência (...) para as instalações do IPO, do Centro Materno Infantil do Norte ou outra unidade dentro do próprio São João?".

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