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PAIXÃO FAZ EXPLODIR BOMBA

Uma bomba explodiu na madrugada de ontem junto a um prédio em Braga, destruindo parte da garagem e do automóvel de uma jovem que se diz perseguida por uma mulher, por razões passionais. O caso já despoletou várias queixas na PSP e processos em tribunal devido a agressões e ameaças que envolvem a família da vítima.

03 de maio de 2003 às 00:06

"Estou saturada disto. É um clima de terror que apanha os meus pais e irmãos. Não percebo onde é que ela foi buscar esta obsessão louca por mim", queixou-se Cláudia Ferreira, referindo-se a Ana M., de 35 anos e já identificada pela PSP.

A bomba, que foi colocada junto ao portão da garagem, explodiu cerca das 03h00. "Nessa altura, vi-a pela janela a passar de carro, mas nunca pensei que tivesse alguma coisa a ver com o estrondo, porque já é normal ela andar nesta zona e todos achámos que era trovoada", contou Cláudia Ferreira, de 27 anos e a morar com os pais na Quinta da Capela.

De manhã, o pai de Cláudia deparou com o portão da garagem destruído e as paredes danificadas, assim como a frente do carro, nomeadamente piscas e faróis. A Brigada de Minas e Armadilhas da PSP recolheu diversos materiais para investigação.

"Já não sabemos o que fazer. As queixas na PSP e os processos em tribunal não adiantam nada", desabafou Cláudia Ferreira, que garante não ser homossexual. Alega ainda que já perdeu vários empregos "por causa dos escândalos de Ana M.", como aconteceu no parque de diversão infantil da 'Bracalândia'.

A família de Cláudia Ferreira terá já sido alvo de diversas ameaças de bomba e vítima de ofensas. A irmã Ana Maria Ferreira, casada, ficou com o carro destruído e acusou dois homens e a suspeita Ana M. em tribunal. Ana Maria Ferreira refere ainda que, na madrugada de quinta-feira, recebeu "um telefonema de um homem a dizer que lhe tinham dado mil contos para a matar". Cláudia Ferreira - cujos receios aumentam por causa de uma sobrinha de um ano que agora mora na mesma casa - tem também em tribunal um processo contra Ana M. e dois homens por agressão. Segundo Cláudia Ferreira, os problemas com Ana M. agudizaram-se “há dois anos, depois de ela ter cumprido pena na prisão por tráfico de droga”.

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