Dezenas de pessoas retiradas de casas e crianças tiveram de sair de uma instituição perante o avanço das chamas.
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"Meu Deus, ajuda-me. Por favor, protejam a minha casa que não tenho mais nada." As palavras de uma moradora da Cova do Fontão, em Angeja, Albergaria-a-Velha, espelham o desespero de quem viu as chamas ameaçar habitações.
O fogo que deflagrou na quinta-feira de manhã em Paus descontrolou-se durante a noite por causa dos ventos fortes e impediu o trânsito em várias estradas. A A1, principal autoestrada do País, esteve cortada mais de 10 horas (das 07h30 às 17h40), entre Albergaria e Aveiro Sul. Também a A25 esteve sem trânsito várias horas, em Angeja, tal como o IC2, de Águeda a Albergaria, e a EN16, em Afilhó e Alquerubim.
Pelas 05h00 desta sexta-feira, a GNR começou a bater à porta dos moradores do Fontão para que estes deixassem as casas. Só idosos e crianças concordaram.
"Não saímos daqui. Temos de defender o que é nosso", justificou um morador. Já à hora de almoço, as chamas avançaram em direção a pequenos povoados. O infantário Aconchego foi evacuado (19 crianças e dois adultos), tal como um lar de idosos e um acampamento (quatro bebés, 18 crianças e quatro mulheres).
Ao todo, mais de 40 moradores foram retirados. Seis meios aéreos faziam descargas sucessivas sobre as chamas. No terreno, mais de 300 operacionais combatiam as labaredas. Não conseguiram acudir a todas as solicitações. Arderam mais de dois mil hectares entre Albergaria e Águeda. O incêndio foi dado como dominado esta sexta-feira ao início da noite.
Já o fogo que deflagrou em Teixeira e Teixeiró, Baião, quinta-feira à noite, foi atacado por quase 200 operacionais e dominado ao cair da noite. Na Maia, polícias ajudaram a combater um incêndio em Milheirós.
Quase todo o País continua este sábado em risco máximo ou muito elevado. O estado de alerta foi prolongado até às 23h59 de terça-feira.
Marcelo elogia resposta no combate ao fogo
PJ investiga fogo com 5 feridos em Lisboa
A secção de investigação de incêndios da PJ de Lisboa abriu um inquérito ao fogo de quinta-feira à tarde, na zona da Penha de França, que causou cinco feridos. As chamas, recorde-se, destruíram oficinas e barracas.
"Ele era o pilar da corporação"
O sentimento de perda e revolta é visível no quartel, onde as lágrimas e palavras de conforto marcaram o dia desta sexta-feira. Apesar do choque, os bombeiros decidiram trabalhar porque essa seria a vontade de Noel, que morreu quando o helicóptero que pilotava caiu em Sobrado, Valongo.
"É difícil de gerir. Estamos a ajudar o corpo ativo a superar a perda do pilar máximo da associação", disse ao CM Rodrigo Sousa, vice-presidente da Associação Humanitária. O corpo do também capitão da Força Aérea chega esta manhã ao quartel de Cete, onde ficará em câmara ardente. O funeral realiza-se amanhã, às 10h00, com o corpo a sair do salão nobre.
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