Todos os animais, avaliados em 5500 euros, foram furtados de uma propriedade em Parada de Gonta, Tondela.
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A poucos dias de conhecer o acórdão, agendado para 8 de março, sobre os crimes de Aguiar da Beira – em que arrisca ser condenado a 25 anos de prisão – Pedro Dias está sentado no banco dos dos réus no Tribunal de Tondela para responder por um crime de furto qualificado.
O caso remonta a junho de 2014 e segundo a acusação a que o CM teve acesso, o principal suspeito de três homicídios consumados invadiu uma propriedade em Parada de Gonta, no concelho de Tondela, para furtar todas as aves anilhadas que ali estavam e dez ovos, no valor de 5500 euros.
Pedro Dias tinha feito um negócio com o lesado, cerca de um ano antes. Nessa altura, comprou-lhe três aves, mas mostrou um comportamento estranho, uma vez que insistiu em conhecer a propriedade, o que acabou por acontecer.
Perante o juiz, Pedro Dias nega a autoria do furto das aves, garantido que "não podia estar em dois sitíos ao mesmo tempo" O suspeito garante que na noite de 19 para 20 de junho de 2014 (na qual ocorreu o furto), se encontrava em Arouca - na casa dos pais - a planear um cruzeiro pelo Mediterrâneo.
No entanto, e conforme descreve a acusação, as aves foram encontradas pela GNR, em outubro de 2014, numa propriedade de Pedro Dias, na Quinta dos Guardais, em Arouca. Durante as buscas foram apreendidas quatro armas e munições de vários calibres. lesado garantiu que poucas pessoas sabiam onde ficava a quinta.
No entanto, Pedro Dias disse em tribunal que as aves encontradas foram compradas a outros vendedores depois do furto, e que, ao longo dos anos, foi fazendo uma coleção de aves, mas através de trocas e de compras, rejeitando a acusação de furto.
Quando questionado pelo juiz se tinha documentação dessas aves, Pedro Dias disse que é raro haver faturação da compra e venda de aves, porque as pessoas se querem "esquivar ao IVA".
No que respeita ao facto de as aves encontradas na sua quinta não terem anilha, argumentou que os compradores portugueses não gostam de aves anilhadas e que estas, às vezes, ficam presas nos arames das vedações e partem as patas.
Pedro Dias contou que normalmente contactava as pessoas a quem comprava as aves em feiras, no Porto e em Espanha, e que, no caso de Pedro Seixas, dono do centro de reprodução de Tondela a quem comprou marrequinhas de colar, o primeiro contacto foi feito pela Internet, tendo depois acabado por ir visitar os viveiros, em 2013.
Em Portugal, só há dois criadores de pato de rabo alçado registados no Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, sendo um deles Pedro Seixas.
No entanto, Pedro Dias argumentou que, quando se compram estas aves "ninguém pergunta pela licença", portanto, haverá muitos mais.
Recorde-se que no ano passado Pedro Dias foi absolvido de um processo em que era suspeito de ter furtado duas chapas de matrícula em S. Pedro do Sul. As matrículas foram encontradas na mesma quinta, em Arouca.
PORMENORES
Primata na quinta
Entre os animais apreendidos pela GNR na quinta de Pedro Dias estava um primata, da espécie callithrix jacchus, que foi entregue ao zoo da Maia e 52 aves, umas autóctones e outras protegidas.
Compra das aves
Foi a namorada de Pedro Dias, Sara Sousa, quem transferiu o dinheiro da compra das três aves - uma fêmea de Marrequinha de colar com anilha e dois machos da mesma espécie.
Furto foi à noite
O dono da quinta de Tondela não tem dúvidas de que o furto aconteceu durante a noite. O homem apercebeu-se quando ia alimentar os animais e viu que a porta dos viveiros estava aberta.
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