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Peritos concluem que piloto falhou em aterragem de emergência que matou duas pessoas na Caparica

Gestão da emergência não foi apropriada por "falta de preparação".

13 de dezembro de 2018 às 18:09

O piloto instrutor da avioneta que em 2 de agosto de 2017 matou duas pessoas na praia de São João, na Caparica, durante uma aterragem de emergência, "não efetuou uma gestão apropriada da emergência", por "falta de preparação", revela o relatório final do acidente publicado esta sexta-feira pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

"As ações do piloto instrutor não foram realizadas de acordo com os procedimentos de emergência e lista de verificação aplicáveis", "as ações do piloto instrutor e as declarações no pós-evento indicaram inadequado conhecimento e compreensão da emergência" e "o desempenho inadequado do piloto instrutor evidenciam falta de preparação adequada para a emergência", são algumas das conclusões dos especialistas.

Sofia, de 8 anos, e José Lima, de 56, estavam na praia e morreram atingidos pela avioneta que sofreu uma avaria pouco após ter descolado de Tires. O motor parou sobre o Tejo. De acordo com o GPIAAF, devido a "deficiente entrega de combustível aos cilindros pelo carburador devido a um defeito na sede da válvula de controlo de nível de combustível na cuba". Esse defeito terá tido origem numa "falha no processo da sua instalação". Segiu-se a "preparação inadequada do piloto instrutor para lidar com a emergência de falha de motor" e a "quebra de procedimentos básicos e de emergência pelo piloto instrutor".

O piloto, em vez de tentar amarar, dirigiu a avioneta para a praia, onde atingiu as vítimas.

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