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Pirata Rui Pinto colabora com três países

Hacker coopera, como denunciante, com as autoridades de França, Bélgica e Holanda.

03 de abril de 2019 às 08:34

O hacker português Rui Pinto está a cooperar com as autoridades francesas, belgas e holandesas, atuando como denunciante.

A revelação foi feita pela eurodeputada Ana Gomes, que disse esta terça-feira em Bruxelas ter recebido essa informação da parte de Lasdislav Hamran, presidente do Eurojust (agência dedicada a questões judiciais dos estados da União Europeia).

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Procuradores franceses copiaram ficheiros de Rui Pinto antes deste ser extraditado

Ana Gomes afirmou ter questionado diretamente Hamran, na Comissão Parlamentar de Liberdades e Garantias, sobre o que estava a fazer a agência "relativamente à proteção dos denunciantes e em particular no caso de Rui Pinto", visto que o seu processo de extradição da Hungria para Portugal tinha sido conduzido através do Eurojust.

O presidente daquele organismo terá então confirmado que Rui Pinto estava a colaborar como "whistleblower", ou seja, denunciante, com as autoridades de vários países europeus.

Mas salientou que o caso que tinha dado origem ao pedido de extradição por Portugal "era diferente daqueles em que ele estava a colaborar com outras autoridades".

No seguimento da confirmação do presidente do Eurojust, Ana Gomes disse depois estar intrigada pelo facto de as autoridades portuguesas não terem seguido o exemplo de outros três estados-membros, pedindo formalmente a Rui Pinto para colaborar.

"Ainda por cima tendo Rui Pinto sob sua custódia. Ele, obviamente, está mais do que disponível para colaborar. É aí que eu me questiono: Como é? As autoridades portuguesas não querem apurar e deslindar todo o esquema de criminalidade organizada que está por detrás do Football Leaks, como querem as de outros países?", interroga a eurodeputada.

Ana Gomes anunciou ainda que o Parlamento Europeu vai votar em breve uma diretiva que visa criar mecanismos de defesa para os denunciantes.

SAIBA MAIS 

22/3

Data em que Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas, com base num mandado de detenção europeu.

Seis crimes

Está indiciado pela prática de 6 crimes: 2 de acesso ilegítimo, 2 de violação de segredo, 1 de ofensa à pessoa coletiva e 1 de extorsão na forma tentada.

Pirataria informática

Na base do mandado estão acessos aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen.

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