A edição de hoje
Droga proveniente da América Latina estava ocultada em carregamento legal de fruta.
Era mais um banal carregamento de bananas acabado de chegar por navio ao Porto de Setúbal. Toneladas de fruta importada de forma legal e que tinham como destino um entreposto na região de Lisboa. Mas uma investigação da Polícia Judiciária travou a entrega, por haver suspeitas de que sob as bananas estivesse uma remessa de cocaína com destino ao mercado europeu. E durante vários dias elementos da PJ abriram mais de mil caixas de bananas até confirmarem o esquema. No interior estavam 3458 quilos de cocaína em estado puro que valeriam mais de 100 milhões nas ruas.
“Foi um trabalho de prevenção, apoiado pelas autoridades do Reino Unido. As carga legal tinha Portugal como destino, mas parte da droga seguiria para outros países europeus”, explicou o coordenador de investigação criminal, Vítor Ananias.
Ninguém foi detido – a empresa responsável pela importação da fruta não estará relacionada com a droga, que seria separada da carga legal após a saída do Porto de Setúbal –, mas a investigação a este grupo está ainda numa fase inicial e envolve “cooperação com as autoridades de outros países”.
Esta foi a última mega-apreensão de droga feita pela PJ em 2024, ano em que “aumentou substancialmente a quantidade de cocaína apreendida e também o número de detenções por tráfico”, admitiu Vítor Ananias.
Neste caso, à semelhança de outras apreensões, a cocaína vinha da América do Sul e partiu de um porto do Brasil.
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