Também o IPO de Lisboa tomou a mesma decisão para apurar atraso do exame de doente oncológico.
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O PSD vai chamar à Comissão de Saúde do Parlamento a ministra da Saúde, Marta Temido, o IPO e o Centro Hospitalar do Algarve, na sequência dos casos de inexistência de exames para o cancro denunciados no programa 'Investigação
O PSD vai chamar à Comissão de Saúde do Parlamento a ministra da Saúde, Marta Temido, o IPO e o Centro Hospitalar do Algarve, na sequência dos casos de inexistência de exames para o cancro denunciados no programa 'Investigação CM' pela CMTV.
sabe que o Ministério da Saúde está a acompanhar a situação e que procedeu à abertura de processos de averiguação nas duas unidades hospitalares envolvidas. "Há um longo histórico de colaboração entre o CHUA e o IPO de Lisboa, havendo disponibilidade das unidades para aperfeiçoar os procedimentos de articulaçao", pode ler-se em comunicado."Não temos dúvidas sobre o nosso procedimento habitual, mas perante as suspeições levantadas pela imprensa temos a obrigação, como é costume, de fazer um processo de averiguações interno que dará os seus resultados", rematou.
Teresa Marques, mulher de António Marques, doente de 61 anos diagnosticado com cancro do pulmão, morreu no dia 27 de março sem fazer quimioterapia devido ao atraso de exames decisivos para definir o tratamento oncológico.
O CM apurou que há registo de pelo menos cinco casos de cancro no Hospital em Portimão nesta situação, e outros ainda por quantificar em Faro, ocorridos entre o início de dezembro de 2018 e março deste ano.
Recorde-se que o CM revelou ainda que 26 exames foram pedidos pelo CHUA ao IPO de Lisboa desde dezembro de 2018 até abril deste ano.
IPO de Lisboa também abre processo
A falta de um termo de responsabilidade, ou seja, uma garantia de pagamento que acompanhasse a amostra para análise, levou o Instituto Português de Oncologia (IPO) a recusar o exame enviado pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve no dia 23 de janeiro.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do IPO de Lisboa, João Oliveira, afirmou que "a crítica de que a recusa do exame tivesse motivo financeiro não tem qualquer fundamento".
"O termo de responsabilidade que deverá acompanhar um exame como este tem também uma finalidade à posteriori de se proceder à regularização financeira, mas a recusa que existiu foi com base no procedimento do serviço de anatomia patológica que usa também o termo de responsabilidade para completar os dados administrativos relacionadas com o doente", explicou João Oliveira.
O oncologista disse perceber que "as pessoas se interroguem, porque os termos de responsabilidade estão associados à parte financeira", mas estes também são "uma peça essencial na fase pré-analítica dos exames como está estabelecido nos manuais das boas-práticas nacionais".
João Oliveira recordou que foi enviada pelo Hospital de Faro uma amostra de uma biópsia para ser examinada no instituto, "como é normal", mas que não estava de acordo com as normas de qualidade do serviço de anatomia patológica.
Como "não vinha com as peças de identificação e as peças administrativas, além das peças clínicas necessárias, foi devolvido, o que está de acordo com o manual de qualidade e que é um procedimento normal que tem em vista a segurança e a correta identificação da pessoa a quem pertence aquela peça e que tem o seu fundamento em princípios de fiabilidade e segurança dos exames e de correção do relatório que vai ser dado", explicou, afirmando que se trata de um procedimento normal.
"Normalmente as coisas passam-se sem dificuldades"
"A colaboração com o Hospital de Faro é muito grande, como com outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde que enviam muitos exames para serem realizados no IPO, e normalmente as coisas passam-se sem dificuldades", sublinhou.
Já este ano, o Hospital de Faro fez mais de uma dezena de pedidos de exames iguais ao referenciado em que "vieram termos de responsabilidade e os exames foram feitos de acordo com os prazos".
"Neste caso, houve uma irregularidade administrativa que não era compatível com a segurança dos exames no serviço de anatomia patológica e que foi resolvido como está previsto que se resolva", sustentou.
Mas, salientou, "perante as notícias que hoje surgiram e que reafirmo não têm qualquer motivação financeira por parte do IPO, o hospital decidiu fazer um processo de averiguações para apurar os pormenores do que possa ter acontecido neste caso para confirmar as questões que são alegadas".
"Não temos dúvidas sobre o nosso procedimento habitual, mas perante as suspeições levantadas pela imprensa temos a obrigação, como é costume, de fazer um processo de averiguações interno que dará os seus resultados", rematou.
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