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PSD/Porto quer "urgência" do MAI na reposição dos agentes da PSP na cidade

Concelhia social-democrata argumenta que a falta de polícias "não se resolve com a Câmara do Porto a pagar aquilo que são obrigações do Governo".

07 de outubro de 2022 às 21:46

A concelhia do PSD/Porto pediu esta sexta-feira ao ministro da Administração Interna (MAI) a "reposição urgente dos efetivos [da PSP] em falta no Porto" e contestou a disponibilidade do presidente da câmara para pagar "parte da fatura" do policiamento.

No dia a seguir ao presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmar-se disponível para pagar "parte da fatura" relativa ao policiamento gratificado na zona da Movida, o PSD/Porto defende a criação de "condições para a formação urgente de novos efetivos policiais, melhorar as suas condições de trabalho e de exercício da sua função de assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos".

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião do Conselho Municipal de Segurança, o autarca independente lembrou que quando existiu policiamento gratificado nas envolventes dos estabelecimentos de diversão noturna na cidade, "as coisas funcionaram bem" e que se conseguiu "atenuar um conjunto de fenómenos" que, hoje, disse, "são por demais evidentes".

"A câmara está disponível para pagar uma parte da fatura transitoriamente até que haja agentes suficientes para cumprir esta missão. Não conseguimos compreender porque é que isto não é respeitado e é desconsiderado pelo diretor nacional da PSP, que entende que quando há celebrações do Futebol Clube do Porto a cidade se transforma no Vietname", afirmou Rui Moreira.

A concelhia social-democrata discorda e argumenta que a falta de polícias "não se resolve com a Câmara do Porto a pagar (uma vez mais...) aquilo que são obrigações do Governo".

"Os gratificados devem ocorrer apenas em situações excecionais, sobretudo em eventos promovidos pela autarquia e este mecanismo não deve ser usado para procurar resolver as questões que são o trabalho normal desta força de segurança", argumenta o partido antes de se virar para o Governo por "tentar compensar" o encerramento de esquadras com a criação de "esquadras móveis", o que, no seu entender se "demonstrou inconsequente".

Num texto em que manifesta, também, a sua "preocupação pela negligência do Governo nesta matéria tão importante como é a Segurança Pública", os social-democratas referem que "vieram a público dados preocupantes da carência objetiva e quantificada de efetivos policiais, que deixaram de ter capacidade de resposta operacional para acorrer às situações de criminalidade, existentes numa cidade como o Porto".

Argumenta o partido que "os cidadãos não sabem onde acorrer, não existe informação acessível sobre onde está a cada momento esta autocaravana policial, levando, muitas vezes, a que os cidadãos desistam de apresentar queixa, sobretudo nos delitos de menor dimensão".

Para o PSD/Porto, na prática, a chamada "esquadra móvel apenas dá alguma visibilidade policial na rua onde estiver. Algo que não substitui a esquadra física e é praticamente igual à presença de um carro patrulha".

"Depois de várias avarias da referida viatura e do insucesso prático da medida, apenas podemos concluir que a esquadra móvel não passou de um mero momento comunicacional do Governo, para mascarar o encerramento de esquadras, sem qualquer efeito prático para a segurança dos portuenses", acrescenta a nota de imprensa.

Em 25 de julho, José Luís Carneiro a criação de "unidades móveis de atendimento" da PSP nas zonas com maior número de turistas no Porto, de forma a libertar agentes "para poderem estar no patrulhamento".

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