Há "20 mil polícias, mas com capacidade operacional não existirão mais de 14 mil".
A Direção Nacional da PSP nega que o encerramento de esquadras denunciado pela Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) não está relacionado com a greve dos motoristas de matéria perigosas.
"Relativamente a notícias vindas a público que dão conta que existem esquadras que estão a ser fechadas devido ao empenho de polícias na condução e escolta de camiões-cisterna no contexto da greve dos motoristas de matérias perigosas, a Polícia de Segurança Pública esclarece que é totalmente falso que tenham sido, ou estejam a ser, encerradas subunidades policiais pelos motivos descritos.
A PSP informa, ainda, que existem casos pontuais de encerramento temporário de esquadras, em períodos devidamente definidos, numa ótica de gestão operacional e otimização de meios, sempre tendo em consideração a segurança pública das populações, que não estão, de todo, relacionados com a missão da PSP na situação de crise energética em curso."
Tal como o CM noticiou esta quinta-feira, as esquadras de Alhandra (Vila Franca de Xira) e Ermesinde (Valongo) têm encerrado durante a noite. Esta informação foi reafirmada esta quinta-feira pelo presidente da ASPP, Paulo Rodrigues. "Há esquadras encerradas. Já houve antes da greve, devido a outras iniciativas, e agora continua, pelo menos em Ermesinde, no Porto, e em Alhandra.
A continuarmos [com a greve dos motoristas] vai haver mais, porque o efetivo não estica. Há uma sobrecarga preocupante. Consegue-se ir aguentando, mas não dá para aguentar sempre. O ritmo imposto [devido à paralisação dos motoristas e aos serviços exigidos à PSP] não dá para muitos dias", explicou Paulo Rodrigues.
O responsável pediu ao Governo para "encontrar uma solução" para o problema, que vai piorar com o prolongamento da greve que está esta quinta-feira no quarto dia, devido à "falta de efetivos" na PSP e à necessidade de "retirar elementos de outros locais e serviços" para acorrer a serviços relacionados com a paralisação.
Os motoristas de transportes de matérias perigosas e de mercadorias cumprem esta quinta-feira o quarto dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.
"Quanto mais tempo a greve decorrer, maior é o problema", alertou Paulo Rodrigues.
O presidente da ASPP/PSP sublinhou que, se o efetivo da PSP "fosse suficiente, não era necessário tirar elementos" para o reforço relacionado com a greve, nomeadamente com a mobilização de elementos "para locais onde eventualmente possa haver mais tensão", para "prevenção no caso de ser necessário conduzir camiões" ou para ordenar ou cortar o "trânsito" para "acompanhar camiões".
Paulo Rodrigues assegurou que o encerramento de esquadras e a sobrecarga de agentes não é exclusiva da greve, acontecendo devido a outras iniciativas, mas que são limitadas no tempo.
"Isto acontece noutros eventos, mas é um dia ou dois dias. No caso desta greve, já vai em quatro dias e não sabemos quando vai terminar", avisou.
"O grande problema não é a greve dos motoristas, nem é isso que leva as esquadras a encerrar. O problema é a falta de efetivos, que cria dificuldades na gestão de recursos humanos", acrescentou.
De acordo com Paulo Rodrigues, "o Governo tem empurrado o problema para a frente", mas atualmente "o problema já é o caos".
"O efetivo está muito reduzido, já não é sequer o razoável. Já não há efetivo nem para andar na rua nem para estar nas esquadras", denunciou.
O presidente da ASPP/PSP esclarece que já há agentes "a fazer serviço de dois ou três elementos, trabalhando 24 horas ou sem folgas".
Paulo Rodrigues defende que o Governo "tem duas formas" para dar resposta à questão: "Ou altera o modelo e organização da PSP, revendo as suas competências, ou mantém o modelo, mas nesse caso tem de recrutar pessoal em número suficiente".
Segundo o responsável, a PSP tem "20 mil polícias, mas com capacidade operacional não existirão mais de 14 mil".
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