Duas vítimas estão em estado crítico e três são feridos graves. Há cinco crianças com ferimentos ligeiros.
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A explosão de artigos de pirotecnia que esta quarta-feira causou a morte de uma pessoa e fez ainda cinco feridos graves (dois dos quais em estado crítico) aconteceu no recinto de uma festa popular em Gondelim, em Penacova.
Inicialmente, as informações apontavam para uma explosão num armazém de pirotecnia mas, segundo o CM conseguiu apurar, a explosão ocorreu junto à capela de Nossa Senhora da Moita onde decorria uma missa seguida de procissão. O alerta foi dado às 12h30.
A capela terá ficado muito danificada, assim como algumas habitações em redor do recinto de festas.
O vice-presidente da Câmara de Penacova, João Azadinho, confirmou que a pessoa que morreu estava a manusear os artigos de pirotecnia.
"O socorro foi muito rápido", acrescentou.
A vítima mortal terá "entre os 20 e os 30 anos" e as crianças que estão entre os feridos ligeiros têm entre "os 5 os 16 anos" de idade, acrescentou, sublinhando que foi também enviada para o local uma equipa de apoio psicológico para dar acompanhamento às vítimas, mas também aos familiares que se foram reunindo.
Uma das vítimas críticas foi transportada de helicóptero para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para onde foram enviados a maioria dos restantes feridos.
Mais de uma centena de pessoas assistiam aos festejos, entre os quais o presidente da autarquia, Humberto Oliveira, com origens neste local e que acionou os meios de socorro.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, estão no local 68 operacionais, 30 veículos e três helicópteros.
Explosão investigada por PJ e PSP
As razões da explosão em Penacova estão a ser averiguadas pela PJ e pela PSP, disseram a autarquia e o comandante operacional distrital de Coimbra.
"Naturalmente, quando acontece um facto destes, é porque alguma coisa correu mal. Neste momento, ainda não conseguimos avaliar [o que aconteceu]. Os peritos estão a fazer essa averiguação para identificar as causas desta tragédia", afirmou o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, que falava aos jornalistas em Gondelim, aldeia onde decorreu a explosão.
Segundo o autarca, o que "é normal é, depois da missa, decorrer a procissão e, no fim, há uma salva de fogo, com alguma dimensão".
"Aquele fogo estaria preparado para esse momento do pós-procissão", explicou, referindo que as pessoas responsáveis pelo espetáculo de pirotecnia seriam "provavelmente de fora do concelho", já que não conhece ninguém com licença para operar em Penacova.
Sobre se é normal o fogo estar perto da capela onde rebentou, Humberto Oliveira disse desconhecer.
"A verdade é que estava. Temos que avaliar todos as nossas responsabilidades e aquilo que temos que mudar. Em casa roubada, trancas à porta. Temos que ser mais cuidadosos para que estas situações não aconteçam. Não faz sentido acontecerem", frisou o autarca, que é cliente "usual e habitual" da festa de Gondelim, terra natal do seu pai.
Questionado pelos jornalistas, o comandante distrital de Coimbra, Carlos Tavares, confirmou que a PSP e a PJ estão no local "a averiguar a situação", não sabendo dizer se a vítima mortal era a pessoa que estava a manusear o material pirotécnico, o que o vice-presidente da Câmara de Penacova, João Azadinho, tinha já assumido.
Artur Simão, natural de Gondelim, assistiu ao desastre, relatando que houve uma primeira explosão e "uma segunda mais intensa", que originou uma "nuvem de fumo muito grande", perto da capela.
"A sorte foi estar a chover e as pessoas estavam dentro da capela, porque normalmente costuma estar mais gente cá fora a assistir à missa", sublinhou, referindo que, após a explosão, o teto da capela caiu e com ele "os candeeiros" que terão causado ferimentos nas pessoas que se encontravam dentro do espaço.
"Depois da explosão foi muita confusão, gritos por todo o lado", realçou o habitante de Gondelim, que contou "15 minutos" entre o acidente e a chegada da primeira equipa de socorro.
De acordo com Artur Simão, hoje era o dia mais importante da festa da Senhora da Moita, que começou no sábado e termina no domingo.
Durante esta semana, emigrantes e pessoas de vários pontos do país regressam à aldeia para as festas da sua terra natal.
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