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Reclusos instalam redes da cadeia

Detidos trabalham com acesso a ferramentas. Alerta para fugas.

23 de outubro de 2017 às 08:41

A instalação de redes de segurança e do sistema de videovigilância da cadeia de Caxias – de onde três presos fugiram em fevereiro após cortarem a grade da cela e atravessarem o pátio da prisão – está a ser feita por reclusos. Os detidos têm livre acesso a ferramentas e, de acordo com o sindicato dos guardas prisionais, há falta de efetivos para vigiar os detidos.

Segundo o CM apurou, estão emcurso obras de instalação e reforço de algumas barreiras de segurança. Em fase de conclusão, está a empreitada de instalação de um sistema de câmaras de videovigilância, realizada também por mão de obra composta por reclusos.

Para Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, esta é uma situação preocupante. "O ideal seria haver pelo menos um guarda a vigiar os reclusos a trabalhar. Isso nem sempre acontece, ou seja, os reclusos só não fogem mais porque não querem", alerta.

Os Serviços Prisionais garantem que os detidos tiveram a devida vigilância de guardas prisionais em todos os trabalhos, quer durante os períodos de atividade, quer na entrega e recolha de ferramentas. No entanto, a mesma fonte admite que, pelo menos numa ocasião, "duas ferramentas foram encontradas no recreio, e só mais tarde recolhidas".

Fonte oficial dos Serviços Prisionais adiantou que os detidos escolhidos para estas obras "estão a ser devidamente remunerados". "Trata-se de uma obra da responsabilidade de uma empresa contratada por concurso público", explica a mesma fonte.

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