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Restaurante assaltado em pleno Estádio da Luz

Os três assaltantes instalaram-se no Ponto Vermelho, conhecido restaurante no Estádio da Luz, ainda o Benfica jogava com a Naval. Na confusão do jogo, um deles foi à casa de banho e escondeu-se. Só saiu ontem de madrugada – com o jogo empatado, estádio fechado, empregados e clientes de volta a casa. De mochila às costas, cara destapada e milhares de euros da caixa, só foi traído pelo excesso de confiança e apanhado pela videovigilância.

14 de março de 2006 às 00:00

“A estupidez de uns ainda foi a sorte de outros”, já brincava ontem Adelaide Martins, quando falou ao CM a meio da tarde. A namorada do dono, Hélder Martins, que domingo à noite também trabalhava no Ponto Vermelho, recorda o assalto a par e passo.

“Eram dois homens e uma mulher. Chegaram, sentaram-se e dois deles – homem e mulher – levantaram-se ao fim de pouco tempo e foram à casa de banho. Ela acabou por sair e voltar para a mesa, enquanto ele se manteve lá dentro, saltando por uma passagem que dá acesso à arrecadação.”

Mais imperial, menos imperial, e o casal que restava na mesa acabou por pagar a conta e sair do restaurante. “As horas passaram e, cerca das 00h50, fechámos as portas e fomos também para casa – o estádio já estava deserto.” Sozinho, o assaltante saiu da ‘toca’ e viu-se dentro do Ponto Vermelho com milhares de euros “do fim-de-semana” e especialmente do dia do jogo.

“Rebentou duas caixas, encheu uma mochila com notas e ainda levou uma pasta com documentos do Hélder [o dono da casa].” Nessa altura, o ladrão saiu do restaurante descontraído, mas terá deixado alguma prova para trás e “voltou passados dez minutos, sempre de cara destapada, mas desta vez com um amigo” – o mesmo cúmplice da noite anterior.

“E foi a nossa sorte. Porque da primeira vez que ele saiu, não se vê bem nas imagens [de uma câmara de videovigilância instalada mesmo à porta do restaurante] a cara dele.” À segunda não havia dúvidas – e até era “um conhecido” dos donos, que, em dias de jogos, “também costumava trabalhar no Ponto Vermelho”.

Assaltante e cúmplices identificados, Adelaide e Hélder estavam ontem mais descansados, apesar de ainda não terem visto o seu dinheiro de volta. Acabou bem, mas garantem não retirar a queixa.

SEGURANÇA

Hélder Martins paga à Benfica Estádio cerca de dez mil euros por mês pela exploração do restaurante. A Benfica Estádio tem contrato com a Prosegur que “tem como obrigação garantir a segurança do Ponto Vermelho”.

ASSALTO INÉDITO

Hélder Martins tem, há cerca de um ano, a exploração do Ponto Vermelho no novo Estádio da Luz. Segundo a namorada, Adelaide, este “foi o primeiro assalto” ao conhecido restaurante.

QUEIXA EM BENFICA

Quando o CM encontrou o casal, ao final da tarde de ontem, apresentavam queixa na PSP de Benfica. Os assaltantes estão identificados, vivem em Almada, mas ainda não tinham sido detidos.

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