Empresa afirma que "está a cumprir todas as obrigações legais e respetivos procedimentos".
Os 14 trabalhadores das lojas Minipreço Trindade, no Porto, e Minipreço STARA, em Matosinhos, manifestaram-se esta quinta-feira no Porto contra o despedimento e o fecho daqueles estabelecimentos "sem qualquer tipo de aviso" e alertaram que "vão lutar" pelos seus direitos.
Em declarações à Lusa, à margem da manifestação, o representante do Sindicato dos Trabalhadores das Grandes Superfícies, Armazéns e Serviços de Portugal (STGSSP), Joaquim Pinto, explicou que o encerramento daquelas duas lojas, ambas franqueadas e pertencentes ao mesmo dono, foi comunicado na quarta-feira, assim como "só naquele dia foi dito aos trabalhadores que iam ser despedidos".
Segundo explicou o sindicalista, a dona da cadeia Minipreço foi comprada pelo grupo Auchan que, disse, "não está a cumprir o que foi anunciado".
"Os trabalhadores foram apanhados de surpresa pelo encerramento, o grupo Minipreço foi comprado pelo Auchan e neste momento o Auchan não está a cumprir com o que foi anunciado, que era a integração dos trabalhadores no grupo", apontou Joaquim Pinto.
O sindicalista salientou que "estes 14 trabalhadores foram apanhados de surpresa na quarta-feira com o anúncio do fecho das lojas e da extinção dos seus postos de trabalho".
"Foi tudo em cima da hora e, segundo nos constou, vão fechar 20% das lojas, mas não dizem quais são e os trabalhadores estão na incerteza se vão ter trabalho ou não", adiantou.
Contactado pela Lusa, o grupo Auchan esclareceu, por e-mail, que aquelas duas lojas Minipreço no Porto e em Matosinhos "são franqueadas e que a relação contratual com os colaboradores é única e exclusivamente da responsabilidade dos franqueados".
"A Auchan reitera que está a cumprir todas as obrigações legais e respetivos procedimentos. A Auchan pauta-se por colocar os colaboradores no centro do seu projeto humano", lê-se ainda.
À Lusa, Ana Pereira, uma das trabalhadoras da loja na Trindade, manifestou surpresa pelo encerramento daquele supermercado e referiu que ainda não foram pagos os salários do mês de setembro.
"Nada, não nos disseram nada, não nos deram a carta do desemprego, não sabemos de nada, se estamos de folga, se estamos de férias, se estamos a trabalhar, estamos na incerteza. Não sabemos se vamos receber o salário, nada", afirmou.
Os trabalhadores lamentaram a "total incerteza" sobre o futuro e prometem "continuar a comparecer no posto de trabalho" até que lhes seja dito alguma coisa.
"Comparecemos esta quinta-feira ao trabalho e as portas estão barradas, nós só queremos os nossos direitos. Nós temos famílias, temos filhos e ninguém nos dá certezas. Amanhã [sexta-feira] voltamos a apresentar-nos no posto de trabalho, não podemos desistir agora, ou ainda dizem que estamos a abandonar o posto de trabalho", apontou à Lusa Mário Lopes, trabalhador da loja de Matosinhos.
Trabalhadores e sindicato salientaram ainda o silêncio por parte do grupo Auchan.
"Tentámos contacto com eles e nada, não nos responderam, não dizem nada", disse Ana Pereira.
Estes trabalhadores prometem "não desistir" e o STGSSP garante que "novas formas de luta" podem surgir: "Mediante o desenvolvimento da situação poderemos vir a adotar outras formas de luta, incluindo ações nos tribunais próprios".
"Nem sequer carta para o fundo de desemprego têm, não foi passada, ainda não receberam o salário de setembro e podem mesmo vir a ficar sem qualquer rendimento", alertou ainda o sindicalista.
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