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“Um pai ajuda sempre os filhos como pode”

Mesquita Machado garantiu desconhecer dificuldades financeiras da filha e do genro.

31 de outubro de 2017 às 09:57

Durante mais de uma hora, Mesquita Machado tentou convencer o Coletivo de Juízas do Tribunal de Braga de que desconhecia as dificuldades financeiras pelas quais a empresa de construção civil do genro estava a passar.

Garantiu que a expropriação do quarteirão adjacente à Casa das Convertidas, no centro de Braga, não teve outra intenção senão requalificar uma zona degradada da cidade e, entre outros projetos, construir uma Pousada da Juventude.

"Não tinha conhecimento nenhum da situação financeira da empresa do meu genro. Na minha casa sempre tivemos como princípio manter a privacidade de cada um e não misturar negócios com relações familiares", referiu Mesquita Machado, ontem, na primeira sessão do julgamento.

O antigo presidente da Câmara de Braga, que está a ser julgado juntamente com cinco vereadores do seu último executivo, afirmou ainda que teve conhecimento das dificuldades financeiras da empresa pela Comunicação Social e que de imediato ofereceu ajuda.

"Obviamente um pai ajuda sempre os filhos como pode", vincou, deixando claro que esta situação ocorreu já no decurso do processo de expropriação.

O histórico socialista, acusado de ter tentado favorecer a empresa da qual o genro era sócio, lesando o município em mais de dois milhões de euros, lamentou que, "por questões políticas, Braga tenha perdido um excelente projeto, um projeto de que os bracarenses se iriam orgulhar".

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