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Vacas abatidas com tiros de G3

Seis vacas das raças Limousine e Charolesa foram abatidas a tiro de G3, ontem de manhã, depois de terem fugido de uma exploração de gado em Válega, Ovar, e espalhado o pânico entre os populares. O proprietário, Manuel Ilídio, não tem dúvidas que na origem da fuga dos animais esteve um assalto à exploração. "O cadeado foi rebentado e o aloquete desapareceu", afirmou.

03 de maio de 2011 às 00:30

Foi o funcionário da exploração quem deu o alerta quando, antes das 05h00, se deparou de frente com os animais. "Apanhei um grande susto, uma das vacas investiu contra mim. Estava a ver que me matava, por sorte consegui escapar", explicou Álvaro Costa.

Os bovinos fugiram pelos campos para a zona de acesso à A29, deixando um rasto de devastação. "Por onde passaram destruíram tudo", disse Isaura Gomes. "Vimos os animais à solta e os GNR, armados, atrás deles. Tivemos muito medo", acrescentaram as irmãs Judite e Deolinda Pereira. "Nunca vimos nada igual", afirmaram.

No terreno, dois militares da Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente (EPNA) da GNR de Ovar, apoiados pelo Pelotão de Intervenção, perseguiram os animais. Cerca das 09h30, um dos militares abateu o primeiro bovino e, uma hora mais tarde, outros dois. Cerca das 12h30, foram localizados os outros três animais e abatidos, a tiro de G3. Foram seis disparos certeiros, a cerca de 100 metros, apurou o CM. A hipótese de usar dardos foi posta de parte porque a distância necessária para o disparo não podia ser superior a 15 metros, o que não daria hipótese de fuga, caso as vacas investissem contra os militares.

As autoridades admitem que o assalto possa estar relacionado com a vaga de roubos a vacarias que se tem verificado em Cacia, Albergaria-a-Velha e Estarreja.

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