Na altura do acidente estavam cerca de 300 pessoas na composição que passava no local.
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O vice-presidente da Câmara de Lisboa assumiu hoje que "tudo indica" que a responsabilidade do desabamento ocorrido no metro esta tarde é de uma obra do município e "não é uma questão de problemas de manutenção" do metropolitano.
"Tudo indica, neste momento, que a responsabilidade daquilo que aconteceu no túnel do metro é de uma obra do município e, portanto, há um erro que tudo indica que tenha sido do empreiteiro, mas pode ter sido do projeto - estamos a avaliar - que causou este problema no túnel do metro", disse João Paulo Saraiva, durante a reunião da Assembleia Municipal, que decorre esta tarde por videoconferência.
Segundo João Paulo Saraiva, a responsabilidade direta não é da autarquia, mas é a Câmara de Lisboa que é "o dono da obra".
"Foi claramente um problema de uma obra, de um conflito entre o já existente e a nova obra que não devia ter acontecido, estamos a avaliar porque é que aconteceu", salientou.
Ao início da tarde, no local do desabamento, o vereador com o pelouro da Proteção Civil, Carlos Castro, já tinha indicado que se tratou de "um incidente decorrente da obra" que está em curso na Praça de Espanha e que foi determinada a abertura de um inquérito, assumindo-se já que ocorreu "um erro do ponto de vista de intervenção na obra".
Na altura do acidente, cerca das 14:30, estavam cerca de 300 pessoas na composição que passava no local.
Contudo, só há a registar quatro feridos ligeiros, "três por ansiedade e um, o segurança do metropolitano, que ao abrir o vidro rasgou um pouco do braço", acrescentou.
Ainda de acordo com Carlos Castro, verificou-se "a queda de parte da laje do túnel do metropolitano, o que decorre, provavelmente de um erro de obra", servindo o inquérito para apurar a responsabilidade do que aconteceu.
"Tudo aponta que houve um erro do ponto de vista de intervenção na obra", admitiu Carlos Castro, avançando já ter sido convocado o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para análise do acidente, além das equipas de engenharia do próprio Metropolitano de Lisboa e da empresa responsável pela obra.
Também segundo Carlos Castro, "não estão reunidas as condições para reabertura do túnel" do metro no local, prevendo-se que assim se mantenha por "um a dois dias de interrupção". Os passageiros serão transportados numa articulação entre o metro e a rodoviária Carris.
Presente no local esteve igualmente o presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, que adiantou que no decorrer das obras da Praça de Espanha, "ao demolirem parte da estrutura de betão armado, furaram a galeria, que já é muito antiga, danificando o comboio que estava no momento a passar".
A "abóbada do metro terá de ser reforçada", adiantou, explicando que a estrutura "é uma mistura de pedra e betão, uma mistura frágil, com cerca de 50 anos".
Segundo o responsável, a circulação na linha Azul, que foi entretanto retomada em parte do troço "cerca das 16:15", vai ser feita entre a Reboleira e as Laranjeiras e do Marquês de Pombal até Santa Apolónia, ficando a Carris a assegurar o transporte alternativo na zona afetada.
As obras do novo Parque Urbano da Praça de Espanha começaram em 13 de janeiro e deverão estar concluídas este ano.
Na altura do lançamento da empreitada, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que a intervenção inclui "um número muito significativo de árvores", zonas de "clareiras de fruição", parques infantis, esplanadas e quiosques, retomando a água como "elemento central" do espaço.
A empreitada, lançada com um preço base superior a seis milhões de euros, inclui também uma transformação da rede viária atual em dois grandes cruzamentos.
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