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Viola filha e diz que ela já não era uma criança

Arguido de 44 anos justifica que não queria adotar rapariga de 11. Menor engravidou do agressor.

27 de abril de 2018 às 01:30

Diante do coletivo do Tribunal de Matosinhos, o homem, de 44 anos, admitiu esta quinta-feira oito dos 18 crimes de abuso sexual de crianças na forma agravada pelos quais está acusado. Assumiu ainda três de pornografia de menores, uma vez que filmou os atos sexuais. O arguido alegou, no entanto, que não via a vítima, filha adotiva, como uma criança e que nunca teve vontade de a adotar. A menor engravidou com apenas 11 anos e teve de abortar. Os exames de ADN confirmaram que o violador era o pai.

"O meu advogado transmitiu-me que ele disse aos juízes que nunca viu a menina como sua filha. Confessou alguns dos crimes de abusos, mas não soube especificar quando aconteceram", disse a mãe da menor.

O julgamento decorre à porta fechada e foram realizadas ontem as alegações finais, sendo que o Ministério Público pediu uma condenação a 15 anos de cadeia.

A mãe da criança pede 105 mil euros de indemnização. O arguido está em liberdade, mas não pode contactar ou aproximar-se da menor. Ontem, foi escoltado pela polícia, uma vez que cerca de 20 familiares da menor se juntaram à porta do tribunal e se insurgiram contra o homem.

A acusação refere que o homem, que era vigilante, abusou da criança entre 2015 e o ano passado. O casal tinha uma outra filha adotiva, que nunca terá sido alvo de abusos. O homem colocava o telemóvel na cómoda a gravar enquanto forçava a criança a sexo. A vítima foi obrigada a visionar os filmes.

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