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"Vou matar-te por me deixares"

Homem trancava mulher em casa por suspeitas de traição.

19 de outubro de 2015 às 14:30

Um autêntico pesadelo que durou um ano: entre dezembro de 2013 e o mesmo mês de 2014, uma mulher foi diariamente agredida com murros e pontapés. Durante esse período o marido acusava-a de ter outros homens e ameaçava matá-la. A ela e à família. O caso aconteceu na Calçada da Ajuda, em Lisboa. Devido às suspeitas de traição a mulher praticamente não saía de casa. Só era autorizada a sair se fosse acompanhada pelo marido.

Em dezembro de 2014, a mulher decidiu sair de casa. Fugiu para a moradia dos pais, mas a perseguição não terminou. Já em janeiro deste ano, o homem, com cerca de 30 anos, pediu ajuda ao avô para matar a mulher. Foram a casa dos pais da vítima e dispararam contra a casa. Dias mais tarde, avô e neto encontraram a vítima na rua acompanhada do pai e do irmão. O agressor pegou numa faca e avançou para a mulher. Os familiares evitaram a tragédia, mas foram atingidos pela faca.

"Vou-te matar por me teres deixado e faço o mesmo ao teu pai e ao teu irmão. Posso ir preso mas mato-te primeiro, só descanso quanto te matar", disse por diversas o arguido que agora, juntamente com o avô, vai ser julgado por violência doméstica, ofensas à integridade física e tentativa de homicídio.

A acusação do Ministério Público refere ainda as apreensões que foram feitas em casa dos arguidos, em que constam facas, cutelos e ainda um sabre samurai com setenta e dois centímetros de comprimento. 

Os dois agressores aguardam o julgamento em Lisboa, em liberdade.

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