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Ramalho Eanes defende transformação na economia para manter estado social

Ex-chefe de Estado falava aos jornalistas à entrada da sala de voto, em Lisboa, por volta das 16h00, numa altura em que se recusou a falar sobre as eleições presidenciais e os assumidos candidatos.

18 de maio de 2025 às 17:24

O ex-Presidente da República Ramalho Eanes defendeu este domingo uma reflexão sobre o que é necessário transformar na economia para a manter sustentável e para haver continuidade ao estado social.

"É necessário debruçarmo-nos sobre o que é necessário transformar para que a nossa economia se transforme e acabe por ser sustentada e sustentável, porque isso é indispensável para que se mantenha o estado social, para que o país responda em várias áreas de obrigação funcional e que não acabe por criar um divórcio com a população portuguesa", afirmou o general Ramalho Eanes.

O ex-chefe de Estado falava aos jornalistas à entrada da sala de voto, em Lisboa, por volta das 16h00, numa altura em que se recusou a falar sobre as eleições presidenciais e os assumidos candidatos.

Sobre a política que gostaria de ver discutida está a "questão geopolítica atual" no Mundo e, mais precisamente na Europa, que está "bastante diferente de há um ano" e que, disse não ter dúvidas de "que implicará despesas grandes para todos os países" do Mundo.

"Mas Portugal está também e seria interessante que os portugueses soubessem o que têm a pagar, quando têm de pagar e como vão pagar para que possam naturalmente participar na segurança coletiva e conjunta da União Europeia", defendeu.

Neste sentido, disse que "os políticos sabem, Portugal saberá, mas não saberá na sua totalidade" e, também por isso, defendeu que essas questões tenham de ser discutidas.

Isto, porque, acrescentou, "se porventura a sociedade civil se interessasse muito por elas, a sociedade civil tinha exigido que elas fossem tratadas, o que não aconteceu".

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas deste domingo 10,8 milhões de eleitores.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.

Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.

O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Nas legislativas anteriores, a 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74%.

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