BE e PCP pedem fim do Centro Hospitalar
Propostas para voltar a separar hospitais de Faro e Portimão.
O fim do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) foi esta semana pedido, na Assembleia da República, por Bloco de Esquerda e PCP. Em duas propostas de resolução distintas, os partidos pedem que hospitais de Faro e Portimão voltem a ter administrações autónomas.
Aumento do tempo de espera nas Urgências, encerramento de valências e serviços, e falta de meios materiais e humanos – num quadro de degradação geral dos cuidados de saúde na região –, foi o resultado da fusão dos hospitais para bloquistas e comunistas. Por isso, exigem a imediata extinção do CHA, com a criação de gestões descentralizadas para o hospital de Faro e de Portimão (este, voltando a ser Centro Hospitalar do Barlavento, englobando o hospital de Lagos).
Já o PS, que nos últimos meses apresentou nas diversas Assembleias Municipais da região propostas para que fosse feita uma avaliação do modelo de gestão centralizado dos hospitais, para já, não toma uma posição oficial. "Este é o momento para que essa avaliação seja feita", explica ao CM Luís Graça, deputado eleito pelo Algarve e membro da Comissão Parlamentar de Saúde. "Quando houver resultados, vamos avaliar se faz sentido a existência do CHA ou se deve voltar a existir uma administração para cada hospital", acrescenta.
De saída está Pedro Nunes, atual administrador do CHA. Alvo de críticas tanto de partidos políticos como de profissionais de saúde (que, em 2014, chegaram a enviar-lhe uma carta com queixas assinada por 180 dos 220 médicos ), seja qual for o modelo de gestão adotado no futuro, o antigo bastonário da Ordem dos Médicos não vai continuar em funções. Pedro Nunes, que sempre defendeu a fusão dos três hospitais, também já disse estar pronto para deixar o lugar de administrador, garantindo que "para tal, basta receber um telefonema do ministro da Saúde".n
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