Morre ao pedir ajuda no centro de saúde
Operário foi à unidade de saúde com colega de trabalho.
Um operário da construção civil morreu terça-feira de manhã à porta do Centro de Saúde de Aguiar da Beira, onde foi pedir assistência porque se estava a sentir mal e com fortes dores no peito. Como a unidade de saúde não tem Urgências, o homem acabou por não ser assistido e tombou na entrada do edifício.
Joaquim Oliveira Miguel, de 56 anos, natural de Pínzio (Pinhel), trabalhava numa obra de construção civil em Aguiar da Beira. Terça-feira de manhã sentiu-se mal e foi com um colega ao centro de saúde daquela vila, às 09h30.
Como a unidade de saúde não tem Urgências não terá sido visto por nenhum profissional de saúde. Sentou-se à porta do centro e pouco tempo depois desfaleceu e tombou para o chão. Depois, foi rapidamente assistido por bombeiros, entretanto chamados, e por médicos do INEM. Fizeram-lhe manobras de reanimação, sem sucesso.
A família quer saber como foi possível o homem morrer à porta do centro de saúde "depois de se ter queixado de dores". "Queremos saber a verdade", disse ao CM o irmão, António. Luís Botelho, diretor do Agrupamento Dão-Lafões, diz que a ocorrência "não cabe no conceito de recusa de socorro". Apenas garantiu que "foi aberto um inquérito interno para apurar responsabilidades". As autoridades de saúde e o Ministério Público vão investigar as causas da morte.
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