General demite-se por causa de gays
Azeredo Lopes exigiu explicações ao general Carlos Jerónimo.
O general Carlos Jerónimo, chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), apresentou ontem, ao final da tarde, a demissão na sequência das notícias sobre a discriminação de alunos por questões de orientação sexual no Colégio Militar e depois de o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ter exigido explicações. O pedido de Carlos Jerónimo foi aceite, ainda ontem, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A polémica estalou quando foram conhecidas as declarações do subdiretor do Colégio Militar, no âmbito de uma reportagem do Observador.
O tenente-coronel António Grilo terá dito que "nas situações de afetos [homossexualidade]" não faziam a transferência dos alunos da escola, mas falavam "com os encarregados de educação, para que percebam que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares".
Azeredo Lopes considerou "absolutamente inaceitável qualquer situação de discriminação, seja por questões de orientação sexual ou quaisquer outras, conforme determinam a Constituição e a Lei" e solicitou ao Comando do Exército, que é a entidade que tutela o referido estabelecimento de ensino, "o devido esclarecimento sobre o teor de tais declarações, bem como sobre as medidas que pretende adotar".
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