40 mil animais mortos recolhidos por donos

Há 28 dias que são os proprietários dos animais que fazem a recolha e os enterram.

22 de setembro de 2016 às 08:37
22-09-2016_03_32_40 Imagem 16a.jpg Foto: Dylan Martinez/Reuters
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Mais de 40 mil cadáveres de animais de quinta – vacas, porcos, ovelhas e cabras - estão sem qualquer controlo da Direção-Geral de Veterinária (DGAV) desde 26 de agosto, quando foi suspenso o serviço de recolha, que era assegurado por um consórcio habilitado para cumprir o Sistema Integrado de Recolha de Cadáveres Animais.

O consórcio recolhia, em média, 1500 animais mortos por dia. Contas feitas, nestes 28 dias seriam recolhidos 42 mil cadáveres. Desde que o contrato com a empresa cessou, a recolha e enterro dos animais cabe aos proprietários, desconhecendo-se o número dos que efetivamente foram recolhidos.

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Para os ambientalistas, o perigo para a saúde pública aumenta a cada dia que passa. Mas o Ministério da Agricultura garante "não haver riscos", desde que se sigam os procedimentos indicados pela DGAV para enterro e incineração.

O serviço de recolha deveria ser retomado a 9 de setembro, mas, ao que o CM apurou, este atraso deve-se ao "visto do Tribunal de Contas" que tarda em sair. "O novo contrato já está assinado, com a mesma empresa. Mas o tribunal precisa de autorizar 36 milhões de euros para o acordo, de três anos, se concretizar", explica o ministério liderado por Capoulas Santos.

"Imagino que haja cadáveres por enterrar, porque nem todos os agricultores têm retroescavadoras para abrir buracos de três metros", admite ao CM Rui Garrido, presidente da ACOS – Agricultores do Sul.

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