Advogada que mudou de sexo exige igualdade

Francisca Solange luta por alteração do diploma da universidade.

20 de fevereiro de 2018 às 08:55
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Sempre estive presa dentro de mim própria." O desabafo é de Francisca Solange, de 59 anos, que viveu a maior parte da vida num corpo de homem, sentindo-se mulher.

Em 2014, nem o casamento de 37 anos - que mantém - nem os três filhos a demoveram do sonho de se libertar.

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Apesar de, desde 2011, ser permitida, por lei, a alteração de sexo e género, os constrangimentos com a documentação continuam a ser o maior entrave.

"Mesmo para alterar o assento de nascimento existe um emolumento na conservatória de 200 euros. Foi quanto paguei", explicou a mulher que agora se deparou com mais um problema.

"Preciso de alterar o meu certificado de habilitações para me inscrever na Ordem dos Advogados, mas a universidade exige-me uma declaração a comprovar a alteração de identidade. Essa é secreta e sigilosa. É impossível apresentá-la", esclareceu.

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Por isso, a advogada, que conta com o apoio da mulher e de dois dos três filhos, manifesta-se, esta terça-feira, na Universidade Lusíada para sensibilizar em relação ao tratamento homofóbico que existe na sociedade e nas instituições e exige igualdade.

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