Farmácias privadas nos hospitais em risco
Farmácia do Hospital Beatriz Ângelo pode fechar já a 2 de abril.
A Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC) para a manutenção e abertura de farmácias privadas nas instalações dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), assinada por mais de 22 mil pessoas, é esta sexta-feira votada no Parlamento.
Em causa está a farmácia de venda ao público no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
Caso os deputados se oponham à ILC, (o Bloco de Esquerda já anunciou o voto contra), a farmácia de Loures fechará a 2 de abril, ainda que sirva anualmente mais de 182 mil utentes.
A votos vai também um projeto de lei do PAN que defende a revogação do regime referente à manutenção e abertura de farmácias nas instalações dos hospitais do SNS, e outro do BE que propõe "a dispensa de remédios ao público pelas farmácias hospitalares do SNS, mas sem intervenção de privados".
Entretanto, a petição para salvar farmácias em risco já foi assinada por 43 mil pessoas. Entre as assinaturas está a do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.
A petição será discutida na Assembleia da República.
PORMENORES
20 milhões
Existiram sete farmácias privadas em hospitais. Seis ficaram a dever mais de 20 milhões de euros ao Estado.
Farmacêuticos
Na rede de farmácias trabalham cerca de 9 mil farmacêuticos, disse a bastonária da Ordem, Ana Paula Martins.
Enfermeiros
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, diz que não foram violados os serviços mínimos da greve.
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