Doentes operados no Centro do Coração são acompanhados em casa
Nova unidade foi inaugurada no final do mês de maio, no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa.
Foi inaugurado no final do mês passado e assume-se como o Centro do Coração mais inovador do País. Uma das áreas que tornam esta nova unidade do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa, diferenciada é a possibilidade de realizar o acompanhamento e monitorização dos doentes em casa.
Ao Correio da Manhã, o coordenador do Centro do Coração, Luís Baquero, esclarece que a unidade hospitalar dispõe "de um sistema de telessaúde que fornece os sinais vitais do doente para um servidor de call center, constituído por diversos profissionais de Saúde". Ou seja, quando algum parâmetro, como a pressão arterial, o peso ou arritmias está anormal, o sistema emite um alerta para a equipa multidisciplinar.
Desta forma, "consegue-se que o paciente seja parte ativa do tratamento, o que ajuda não só a prevenir, mas também a antecipar eventuais complicações", acrescenta o médico.
O acompanhamento tem a duração de um mês e destina-se a doentes intervencionados no Centro do Coração, a pacientes medicados e cujas dosagens dos remédios, como "anticoagulantes", precisam de ser avaliadas pelos profissionais de saúde e a doentes crónicos.
"O Centro do Coração traduz uma mudança na forma como se faz saúde hoje em dia. O doente é a parte mais importante. É neste sentido que apresentamos também um número, de quatro dígitos, para os nossos doentes. É um contacto de emergência, como se fosse o 112, mas dirigido ao Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa", reforça Luís Baquero.
A unidade hospitalar privada, que conta com uma participação de 45 por cento do Estado, pode receber qualquer tipo de doentes, já que tem estabelecidos acordos com subsistemas de saúde, como a ADSE, e seguros privados. O coordenador do Centro do Coração salienta que as instalações têm condições para responder a qualquer área das doenças cardíacas, desde bebés a idosos.
"Sinto-me muito vaidosa"
"Fizemos a cirurgia com uma incisão de cinco centímetros aproveitando um espaço entre as costelas, sem necessidade de abrir o externo através de uma incisão com cerca de 20 centímetros", explicou ao CM Luís Baquero, coordenador do Centro do Coração, realçando que "a válvula aórtica foi trocada por uma biológica".
DISCURSO DIRETO Luís Baquero, coordenador do Centro do Coração "Centro tem uma grande prioridade" CM - O que tem de diferente o Centro do Coração? Luís Baquero
- Que vantagem traz ao paciente?
- Equipas multidisciplinares são sempre uma mais-valia. Depois, este centro permite-nos ter o sistema de diagnóstico, tratamento e recuperação no mesmo espaço. O tratamento acaba por ser mais integrado.
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