Ministra da Saúde reconhece problemas no SNS
Marta Temido disse que a Maternidade Alfredo da Costa vai ter quadro permanente de anestesistas.
A ministra da Saúde anunciou esta segunda-feira que quer dotar a Maternidade Alfredo da Costa de um "quadro permanente de anestesistas e rever toda a assistência ginecológica e obstetra na cidade de Lisboa".
A declaração de Marta Temido surgiu num dia em que várias operações programadas foram suspensas por falta de anestesistas. Uma situação que já se tinha verificado no último Natal e que obrigou várias grávidas a recorrer a outros hospitais.
A governante, que falava na Sertã, acredita que a situação vai ser resolvida em breve pela administração da maternidade, mas reconhece que este é mais um dos problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que tem sido usado para alimentar uma campanha para o denegrir. Não aponta responsáveis, mas diz haver "uma estratégia de terra queimada, desleal para com as populações em termos de informação", que causa "perturbação e uma sensação de desconfiança que não é real".
Marta Temido reconhece que "o SNS tem problemas e há trabalho a fazer e aspetos a melhorar", mas defende que "há que ser realista, resolver o que corre mal e não dizer que está tudo perdido". Reiterou a intenção do Governo de "não estabelecer novas parcerias público-privadas para gestão no setor da saúde, salvo PPP infraestruturais, e avaliar as existentes decidindo o seu destino consoante o resultado dessa avaliação".
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Bastonário diz que não cede a pressões
Em resposta às declarações de Marta Temido, que disse haver uma estratégia de terra queimada face ao SNS, disse que "a Ordem dos Médicos não vai ceder a esse tipo de pressões".
PORMENORES
Assimetria de médicos
Marta Temido disse que "continua a haver uma assimetria grande na distribuição de médicos no País". As unidades locais de saúde de Castelo Branco e Baixo Alentejo foram "aquelas que perderam mais médicos desde o início da legislatura".
Incentivos às vagas
Para acabar com as assimetrias, a ministra defende "a continuação do esforço de atribuição de incentivos às vagas nas regiões e equacionando novos regimes de trabalho no SNS". Defendeu que "o Interior e o Litoral merecem igual respeito".
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