DGS avisa para contágios da Covid-19 nas festas de junho
Graça Freitas alerta para “carga muito grande de vírus em circulação” e diz que Santos Populares são um “período de risco".
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, mostrou-se esta sexta-feira preocupada com o aumento de casos de Covid-19 devido às aglomerações de pessoas nos arraiais deste mês. “As festas dos Santos Populares são um período de risco e estou, de facto, preocupada. Vamos ter mais oportunidades de que a transmissão se faça. O apelo é para cada um agir em conformidade com este risco”, disse a responsável à TSF
Graça Freitas não defende o regresso da máscara obrigatória, mas aconselha cada pessoa a fazer a sua avaliação e adotar as medidas que considere adequadas. “Neste momento, há uma carga tão grande de vírus em circulação que é nossa obrigação, como comunidade, como serviços, como médicos, como Ministério da Saúde, fazer aquilo que estiver na nossa mão de medidas de proteção”, apela.
O número de infeções atingiu as 35 mil no início da semana, tendo descido quarta e quinta-feira para cerca de 25 mil, valores equiparados aos máximos de casos de toda a pandemia, registados em fevereiro. Graça Freitas mostra-se especialmente preocupada com a subida de infeções entre os idosos. “Olho para estes valores com cautela e com alguma preocupação, mas não com alarme. É verdade que temos um número bastante elevado acima dos 80 anos e também na faixa etária dos 70 aos 79. Mas neste momento, apesar de tudo, atingimos, em termos de novos casos por dia, um planalto”, disse.
O relatório semanal da Direção-Geral da Saúde indica que, entre 24 e 30 de maio, houve 175 766 infeções, menos 11 750 do que na semana anterior. As mortes Covid foram 220 (média de 31 por dia), uma redução de 12 em relação à semana passada.
Houve um aumento dos internamentos em enfermaria e em cuidados intensivos. A DGS revela que, na última segunda-feira, estavam internadas 2.092 pessoas, mais 250 do que no mesmo dia da semana anterior, com 107 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais oito. O boletim passou a divulgar às sextas-feiras os internamentos da segunda-feira anterior.
A faixa etária entre os 40 e os 49 anos teve o maior número de casos a sete dias (30 194), seguida da de pessoas entre os 50 e os 59 anos (27 584).
Menos nas crianças
As crianças até aos 9 anos foram o grupo com menos infeções (8871) nesta semana, segundo o boletim revelado pelas autoridades de saúde.
Esperada afluência a cuidados de saúde e aumento de mortes
O relatório de monitorização da situação epidemiológica, revelado semanalmente pelo Instituto Ricardo Jorge, avisa que “é expectável o aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis”.
Proteção deve ser reforçada
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge recomenda também que deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da epidemia de Covid-19, com forte reforço “das medidas de proteção individual e da vacinação de reforço”.
No Norte, entre 24 e 30 de maio, houve um total de 59 685 casos e 83 mortes (- 3).
alentejo com 11 óbitos
No Alentejo, foram totalizados 7236 novos casos positivos à Covid-19 e 11 mortes (- 7).
Na região do Algarve registou-se um total de 5972 novos casos e 10 mortes (=).
Regiões autónomas
Os Açores tiveram 6376 casos e 6 óbitos. Já a Madeira registou 3428 casos e 4 mortes.
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