"À justiça de Deus ninguém escapa": famílias reúnem-se em memória dos 12 anos da tragédia do Meco
"Quem ama nunca esquece", lamenta Fernanda Cristóvão, mãe de Catarina, uma das vítimas.
Os pais das vítimas da tragédia do Meco reúnem-se, esta segunda-feira, numa missa em homenagem aos filhos, que perderam a vida na praia, no dia 15 de dezembro de 2013. Os jovens foram arrastados por uma onda e apenas um - João Miguel Gouveia sobreviveu. "Quem ama nunca esquece", lamenta Fernanda Cristóvão, mãe de Catarina, uma das vítimas. Doze anos depois, os pais não se conformam com a partida prematura dos seus filhos. "São 12 anos de profunda tristeza, profunda saudade e de profundas injustiças".
Os pais continuam a acreditar que aquilo que aconteceu na praia foi uma praxe levada a cabo por João Miguel Gouveia, que era à data o 'dux' da universidade Lusófona, em Lisboa. No entanto, no ano passado o processo que foi movido pelos pais na Justiça foi desmontado pelo Supremo Tribunal. Os juízes conselheiros consideraram que a justiça não apurou provas suficientes para responsabilizar os réus, nomeadamente João Gouveia, que, enquanto dux, não terá tido “um papel influente ou promotor do ato de exposição ao perigo, sendo o seu comportamento igual ao dos demais jovens”.
Fernanda Cristóvão sente que "os responsáveis pela morte dos seis jovens continuam cobardemente a tentar à justiça, mas à justiça de Deus ninguém escapa", finaliza.
Os seis jovens estavam num fim de semana de praxes quando foram arrastados por uma onda. O corpo de Tiago foi recuperado nessa madrugada. Os cadáveres dos amigos foram sendo encontrados na água dias depois do desaparecimento.
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