Abate de cães e gatos caiu para metade
Eutanásia de animais saudáveis proibida desde setembro de 2018.
No ano passado foram abatidos 6350 animais de companhia em Portugal, menos 46% do que o total registado em 2017 (11819).
Os dados de 2018, divulgados recentemente pela Direção-Geral de Veterinária (DGV), mostram que são os municípios do Norte os que mais contabilizam cães e gatos eutanasiados, apesar de representarem uma redução acentuada (2346 em 2018, face a 5090 no ano anterior, em que também lideraram a tabela).
Para esta redução nos abates contribuiu a entrada em vigor da lei que proíbe a eutanásia de gatos e cães saudáveis, em setembro de 2018. "As estatísticas oficiais não correspondem à realidade", refere Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Veterinários.
"Somos contra o abate de animais saudáveis, mas por uma questão de saúde pública e de segurança não se podem deixar na rua", alerta, descrevendo "a sobrelotação dos canis".
"Mal se acaba de construir um centro, fica logo a abarrotar. O problema está no abandono de animais de estimação", frisa Jorge Cid, apelando a medidas "como a criação de um grupo de trabalho para identificar as causas do abandono, um levantamento a nível nacional dos animais abandonados e a redução do IVA na alimentação e tratamentos veterinários".
No ano passado, foram adotados 15 263 animais (16 144 em 2017), esterilizados 13 350 (8873) e vacinados 73 677 (98 266).
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